Peça do Teatro da Rainha esgotou todas as noites

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O largo do termal ganha nova vida com os serões de teatro ao ar livre
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“Jorge Patego ou o marido humilhado” foi a proposta da companhia de teatro residente e que esgotou as sessões

A bancada que leva perto de 200 espetadores, voltou a ser montada no Largo do Termal para a apresentação da peça, “Jorge Patego ou o marido humilhado”, de Molière, entre os dias 10 e 14 de julho. Os serões no Oeste são sempre frescos e, por isso, a própria companhia aconselhou o uso de agasalhos. Ainda assim ninguém arredou pé e, ao longo dos vários dias, as sessões estiveram sempre esgotadas, com gente a assistir nas laterais da plateia. “No primeiro dia chegámos às 361 pessoas”, garantiu José Carlos Faria, um dos atores e responsáveis pelo Teatro da Rainha, satisfeito por poder contar com a adesão fiel do público a este proposta de ar livre.
A peça conta a história de Jorge Patego, um camponês rico, que casa com Angélica, filha de aristocratas rurais falidos, pois quer ascender socialmente. Ao descobrir que Angélica anda enamorada por Clitandro, um visconde, Patego tenta provar aos sogros, o casal Vilar de Tolos, a infidelidade conjugal de que é vítima. Habilmente, Angélica escapa às tentativas de prova, levadas a cabo por Patego, que acaba só e humilhado. Angélica também se queixa, que casou contrariada e sem amor a Patego.
Apresentada pela primeira vez na Versalhes de Luís XIV, a 18 de Julho de 1668, “George Dandin ou le Mari confondu”, a peça gerou controvérsia ao longo dos anos pois uns simpatizavam com o camponês maltratado pela aristocracia e outros com as reivindicações feministas de Angélica. Este é um texto que o encenador Fernando Mora Ramos conhece bem pois foi com ele que se estreou na encenação, em julho de 1979, e a ele regressa agora com uma nova tradução de Isabel Lopes. A peça, cuja produção é apoiada pela Câmara das Caldas vai ser representada em Vila Real e regressará ao palco do CCC em início de 2025, numa versão para interior.
Com cenografia de José Serrão, luz de Hâmbar de Sousa e desenho de som de Francisco Leal, “Jorge Patego ou o marido humilhado” contou com interpretação de Fábio Costa (Jorge Patego), Mafalda Taveira (Angélica), José Carlos Faria (Senhor Vilar de Tolos), Isabel Lopes (Senhora de Vilar de Tolos), Hâmbar de Sousa (Clitandro), Beatriz Antunes (Claudina), Nuno Miguens Machado (Manhoso) e Tiago Moreira (Perdigoto). ■

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