Teatro da Rainha assinala aniversário com exposição no Museu Malhoa

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Imagens de peças que o grupo mantém em repertório

Será inaugurada no domingo (Dia Mundial do Teatro), 27 de Março, pelas 17h00, a exposição “25+1 – Celebrar o teatro, celebrar a Rainha” no Museu de José Malhoa. Nesta iniciativa será também apresentada a maqueta do novo edifício sede do grupo, designado Teatro da Caixa Preta e esta será apresentada pelo autor, o arquitecto Nuno Ribeiro Lopes.

O grupo de teatro está a chegar “60 peças feitas, milhões de palavras nos cérebros, de clássicos e contemporâneos, centenas de sítios e cidades visitados, continuamos a desejar um teatro elitista para todos, o que neste país de tradição sempre por vir – e já é 2011, século XXI e a dita Europa este Portugal – e de populismos incriativos é obra”, explica nota do grupo a propósito deste aniversário.
O Teatro da Rainha vai continuar a viagem nas Caldas e “entre Santa Susana, Maputo e Cluj (Roménia), a partir do sonho em acto da nova sede de criação se o engenho e a arte nos permitirem”. Desejam também que “a atenção daqueles que deviam pensar que um país não é um pardieiro, muito menos uma contabilidade de mercearia, se identifique de facto com o interesse dos povos, a alegria de uma liberdade culta como plano. O que é a nação se não for um projecto? Bem hajam vocês, espectadores e cidadãos. A Rainha continuará ao dispor, dedicadamente, a cozinhar os seus autos, agora interculturais e tão brutais quanto as realidades que nos invadem”.
O Teatro da Rainha – criado pelo cenógrafo José Carlos Faria, então membro da Casa da Cultura das Caldas da Rainha e pelo encenador Fernando Mora Ramos, ligado à companhia do CCE (Centro Cultural de Évora) – surgiu em 1985 nas Caldas da Rainha, a convite da Casa da Cultura, então sedeada no espaço do antigo casino, em frente ao Hospital Termal.
Da história do Teatro da Rainha destaca-se em 2004 o facto de terem assinalado os 500 anos da primeira representação do “Auto de S. Martinho”, de Gil Vicente, no mesmo local da sua criação original (Igreja de Nossa Senhora do Pópulo nas Caldas, um dos raríssimos locais , senão o único, que acolheram a estreia de espectáculos vicentinos onde as condições arquitectónicas do espaço não se alteraram ao longo dos séculos) e no qual, durante os três dias de apresentação, se reuniram mais de 800 pessoas. O Teatro da Rainha tem feito parcerias com teatros nacionais e equipamentos em várias localidades. Nos últimos cinco anos a companhia caldense montou 14 espectáculos, que mantém em reportório.
“25+1- Celebrar o teatro, celebrar a Rainha” vai estar patente até 3 de Julho e pode ser vista entre as 10h00 e as 12h30 e entre  as 14h00 e as 17h00.