Miguel Egrejas é obidense e foi o chefe de produção da série da Netflix que tem sido um sucesso mundial
A série portuguesa “Rabo de Peixe”, na Netflix, tem sido amplamente noticiada pelo sucesso que alcançou a nível mundial. A maioria já terá, certamente, ouvido falar dela. O que não saberá é que na produção deste sucesso de visualizações de origem nacional está também um jovem obidense que cresceu nas Caldas da Rainha.
Miguel Egrejas tem 38 anos e é natural de Óbidos. Foi por acaso que se iniciou no mundo do cinema há cerca de 15 anos atrás. “Aterrei nesta área por acaso e não sabia nada disto, não percebia nada de televisão e de cinema, mas o meu trabalho é lidar com pessoas”, refere. Começou como condutor. Sabia guiar e falar inglês. Daí para cá, “as responsabilidades foram aumentando”, tendo-se tornado chefe de produção há já sete anos.
Como chefe de produção o seu trabalho passa por organizar tudo para a produção. Quando se escolhe um sítio para filmar, cabe a Miguel Egrejas ir falar com as pessoas e entidades, mas também pedir licenças, etc. “O meu trabalho é preparar tudo para que quando chegam e precisam de filmar, terem tudo o que necessitam”, explica à Gazeta das Caldas.
Nesse cargo foi responsável por “A Espia”, “Cavalos de Corrida”, “Curral de Moinas”, “Sombras Brancas” (filmado no Parque D. Carlos I), entre outros.
Miguel Egrejas trabalha enquanto freelancer e foi contactado pela produtora da série “Rabo de Peixe” para ajudar a produzi-la. “Foram sete meses nos Açores, com uma equipa de 100 pessoas, animais, camiões, barcos, logística”, conta.
Parte do seu trabalho foi também “convencer os açorianos de que iria ser algo bom e o resultado está à vista, o impacto positivo”.
O jovem obidense frisa ainda que o objetivo desta série é também “retratar a beleza dos Açores”.
Em Rabo de Peixe, ao contrário do que a maioria poderia pensar, encontrou “boa gente, uma grande comunidade, muito unida”, que apesar de ser uma comunidade piscatória “muito centrada sobre si”, está “aberta a toda a gente”. ■