Campo Luís Duarte
Árbitra: Sandra Bastos, AF Aveiro, auxiliada por Rodrigo Roque, Pedro Silva e Daniela Simões
A-DOS-FRANCOS 0
Mariana Lourenço, Andreia Neves, Lara Batista, Verónica Nogueira, Beatriz Lopes, Patrícia Azevedo (Sofia Figueiredo, 45’), Carolina Ferreira, Jéssica Simão, Filipa Silva (Ariana Morouço, 81’), Daniela Silva e Ashley Maza
Treinador: Paulo Sousa
BENFICa 14
Dida, Ana Seiça (Paulo Encinas, 81’), Sílvia Rebelo, Andreia Faria (Lara Pintassilgo, 45’), Catarina Amado, Beatriz Cameirão (Patrícia Paduim, 62’), Ana Araújo, Francisca Nazareth “Kika”, Cloé Lacasse, Nycole Sobrinho e Lúcia Alves (Inês Queiroga, 62’)
Suplentes: Íris Silva, Daiane Rodrigues e Raquel Infante
Treinador: Luís Andrade
Ao intervalo: 0-8
Marcadoras: Ana Vitória (13’ e 26’), Catarina Amado (15’), Sílvia Rebelo (19’), Francisca Nazareth “Kika” (24’, 29’ e 78’), Cloé Lacasse (30’, 57’ g.p. e 73’), Nycole Sobrinho (42’, 67’ e 83’ g.p.) e Ana Sobrinho (73’)
Disciplina: Nada a registar
A equipa do GDC A-dos-Francos perdeu por 14-0 na recepção ao Benfica, na abertura da segunda volta da Liga BPI. Num jogo que opunha o primeiro (só com vitórias) ao último do campeonato (só com derrotas), as caldenses até conseguiram fazer o primeiro remate, numa incursão de Ashley pela direita, mas o jogo viria a ser de sentido único e a disputar-se quase exclusivamente no meio-campo da equipa da casa.
O A-dos-Francos tinha várias jogadoras lesionadas e outras convocadas para as selecções jovens, pelo que se apresentou apenas com 13 convocadas e algumas adaptações posicionais no onze inicial. Já o Benfica aproveitou para dar minutos a algumas jogadoras.
Aos 6’ um livre das lisboetas levou a bola à barra, na recarga o cabeceamento atingiu novamente o ferro e só à terceira entrou, mas em fora de jogo das encarnadas. O primeiro golo surgiu aos 13’, com Ana Vitória a concluir um cruzamento atrasado. Dois minutos depois, nova bola parada e novo golo, com Catarina Amado a aproveitar uma bola perdida.
O Benfica ficou mais seguro no jogo e com maior tranquilidade, enquanto a equipa da casa acusou os golos encaixados. Novo livre para o Benfica e a central, Sílvia Rebelo, ampliou de cabeça, ao segundo poste. Mais três minutos volvidos e a estreante de apenas 17 anos, Francisca Nazareth “Kika”, fez o quarto.
Dois minutos depois, aos 26’, Ana Vitória concluiu uma jogada de entendimento. Ainda antes da meia-hora de jogo “Kika” também bisou num canto e no minuto seguinte assistiu Cloé Lacasse para o 7-0. Antes do intervalo tempo ainda para Nycole Sobrinho fazer o oitavo.
No regresso das cabines, a toada do jogo manteve-se, com as comandadas de Luís Andrade a pressionarem muito. Aos 57’ Cloé converteu uma grande penalidade. Mais dois pontapés de canto e mais dois golos: aos 67’ por Nycole Sobrinho e aos 73’ por Cloé. As águias não abrandavam.
No mesmo minuto atingiu-se a dúzia de golos, por Ana Seiça, e cinco minutos mais tarde “Kika” completou o hat-trick. O resultado final foi fixado por Nycole Sobrinho na concretização de uma grande penalidade.
Treinador caldense aponta às cinco vitórias para a manutenção
O técnico do A-dos-Francos fez o terceiro jogo da época, depois de regressar a uma casa que bem conhece, até porque foi ele o primeiro treinador da equipa. Ao cabo de quatro anos, Paulo Sousa conseguiu a promoção à 1ª Divisão e sagrou-se vice-campeão nacional no primeiro ano no escalão principal. Saiu em 2015, ao fim de seis anos.
No primeiro jogo com o novo treinador, as caldenses perderam em casa com o Ovarense (1-2), a primeira equipa acima da linha de água, com 9 pontos. “É um resultado que, em igualdade pontual, poderá dar alguma margem para ganharmos fora e termos vantagem no confronto directo”, disse Paulo Sousa.
Questionado pela Gazeta das Caldas, o treinador apontou a uma meta pontual: em oito jogos, excluindo Benfica, Sporting e Braga, conquistar cinco vitórias (15 pontos). “Acreditamos que assim será possível ficar na 1ª Divisão”, afirmou o técnico. Acresce a dificuldade que, na segunda volta, os jogos com os adversários directos serão fora de casa.
O regresso ao banco do presidente de Junta de A-dos-Francos está ligado ao facto de estar em causa a própria continuidade do clube. “Temos ambição de ficar na 1ª Divisão, mas mais do que isso de levar a equipa até ao final do campeonato e conseguir criar uma base para que, mesmo que, eventualmente, o cenário da descida se confirme, exista uma continuidade”, contou.
Do seu tempo como treinador, só se mantém uma jogadora (Carolina Ferreira). “Conheço a casa, mas o grupo mudou muito e é composto por atletas que vêm das segundas divisões, com um nível de competitividade baixo”. Neste início, a equipa técnica está a tentar recuperar a equipa física e animicamente, para depois tentar inverter o cenário negativo. “O próximo encontro é com o Sporting, que é um jogo de grau de dificuldade muito elevado, e o nosso campeonato começa a seguir, com o Marítimo, na 14ª jornada”, fez notar Paulo Sousa, mostrando-se esperançado de conseguir um resultado positivo contra os insulares que embale a equipa para uma segunda volta positiva.
Em relação a reforços, a situação “não está muito fácil”. “Conseguimos recuperar duas atletas que têm passado em A-dos-Francos e que entretanto devem ser inscritas, uma delas é a Sandra Ribeiro”, que jogou dois anos nesta equipa, explicou. Actualmente está a treinar com as caldenses uma avançada brasileira que aguarda o certificado internacional para ser inscrita. “Será uma mais-valia”, avaliou o técnico. A dificuldade na contratação prende-se por um lado, com o facto de neste período do ano as atletas da zona já estarem envolvidas noutros projectos desportivos. “Não é fácil trazê-las. Essencialmente a tarefa tem que ser desempenhada por quem cá está, com um ou outro retoque. Não temos muitas possibilidades de renovar a equipa de uma forma mais marcada, mas acredito que recuperando duas ou três atletas que temos lesionadas há algum tempo e que deverão estar de volta dentro de duas semanas, podemos fazer coisas mais positivas”, sublinhou.
Em relação ao novo campo de futebol em A-dos-Francos, o técnico admite que a obra já deveria estar mais adiantada, mas ressalva que deverá estar pronta a tempo do início da próxima época. Actualmente aguardam-se melhores condições climatéricas para que o empreiteiro comece as obras dos muros de suporte de terras.