Bar-Wings está a desenvolver o Pentaninja nas Caldas

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O Bar-Wings tem vindo a construir uma comunidade forte em redor da calistenia e chega agora ao pentaninja
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Disciplina foi integrada no programa do pentatlo moderno e o clube caldense está a desenvolvê-la em parceria com a federação

O Bar-Wings – Clube de Calistenia das Caldas da Rainha, começou recentemente a desenvolver a modalidade de pentaninja, em parceria com a Federação Portuguesa de Pentatlo Moderno (FPPM). A disciplina, que foi adotada oficialmente já este ano no arranque do novo ciclo olímpico, veio substituir o hipismo com os objetivos de modernizar e democratizar a modalidade que esteve na base na recriação dos Jogos Olímpicos da era moderna.
Com sede nas Caldas da Rainha, a FPPM instalou no pavilhão do Arneirense o primeiro circuito de obstáculos pentaninja do país e, depois de já ali ter realizado algumas provas, sendo a principal o Campeonato do Mundo de Sub18, procurou um clube que pudesse desenvolver a modalidade na cidade termal. O Bar-Wings surgiu como uma possibilidade depois de ter auxiliado na organização de uma Prova de Aptidão Profissional, no ano passado, que consistiu na realização de um torneio nesse percurso de obstáculos. “A Federação gostou do apoio que demos a essa PAP, tanto ao nível logístico, como da organização e ajuizamento, e então o presidente Manuel Barroso convidou-nos para fazermos essa parceria”, conta Iúri Lage.
Como resultado, o clube que iniciou atividade há cerca de três anos na calistenia expandiu a sua ação para uma nova modalidade. “Além de estarmos a utilizar a Calistenia como meta-treino para fomentar e melhorar os componentes do pentatlo, também estamos a dar treinos técnicos no pavilhão do Arneirense”, acrescentou.
O clube já tinha uma equipa de cinco treinadores, que se desdobra entre os treinos de calistenia, na sala de ginástica do Pavilhão Rainha D. Leonor, e os treinos de pentaninja no Pavilhão do Arneirense. “Planeamos treinos que também são divertidos e variados, para tentar trazer mais praticantes para o pentatlo e para a calistenia”. “O treino dos obstáculos passa muito por ações motoras que envolvem suspensão na barra, em que o atleta tem que se desligar do ponto A ao ponto B o mais rapidamente possível, dentro de determinados critérios e a calistenia entra como melhor forma de treinar o corpo, a nível de força, resistência, coordenação e até preparação muscular para evitar lesões, para a prática desta modalidade”, explica.
A adesão tem vindo a crescer progressivamente, “especialmente entre camadas mais jovens”, nota o treinador e responsável pelo projeto. “Pensámos que até haveria mais adesão por parte da população adulta, mas as crianças têm demonstrado bastante interesse”, acrescenta. O clube já estabeleceu, inclusivamente, um protocolo com o Colégio Rainha D. Leonor para a prática da modalidade pelos alunos da instituição de ensino. Também têm sido realizados eventos para atrair atenção para a modalidade. No próximo mês de dezembro haverá um novo open day.
Os treinos do pentaninja são treinos terças e quintas-feiras, das 19 às 20 horas e ao sábado das 11 às 12 horas na sala de ginástica do Pavilhão Rainha D. Leonor.
Nesta fase inicial do projeto, o objetivo é preparar os praticantes para provas individuais de obstáculos. Depois, eventualmente, caso alguns praticantes tenham interesse, alargar o treino ao Pentatlo Moderno num todo. Além dos obstáculos, a modalidade envolve natação, esgrima e laser run (corrida e tiro com pistolas laser).
Abraçar uma nova modalidade foi algo positivo para o Bar-Wings. “Estamos a fazer aquilo por que temos lutado há vários anos, que é um trabalho multidisciplinar entre várias instituições. Já temos apoio da Associação de Kempo, do Acrotramp Clube das Caldas, e queremos demonstrar que podemos trabalhar em equipa de forma a complementar a preparação de todos os atletas, independentemente da modalidade que praticam, porque todos beneficiam de um treino de condicionamento físico através da calistenia”, sublinha Iúri Lage.
O clube tem tanto atletas que competem na calistenia, como de outras modalidades, como boxe, surf, ténis. E tem também uma vertente de atividade física de manutenção. “Há uns meses inicámos uma classe sénior, a partir dos 50 anos. Temos tido muito boa adesão e temos conseguido demonstrar que qualquer pessoa, independente da faixa etária, pode praticar a calistenia”, refere Iúri Lage.
O clube tem já uma comunidade de cerca de 85 atletas e tem realizado um conjunto de eventos para dinamizar a atividade, além de participar em provas, nacionais e internacionais, com bons resultados.
A 21 de dezembro o Bar-Wings acolhe uma nova prova, no Pavilhão Rainha D. Leonor, que junta atletas de todo o país. “O nosso principal desafio passa por tentarmos fazer um bocadinho mais de divulgação, dar-nos a conhecer um bocadinho mais à cidade, que é uma coisa que tem sido difícil de fazer, mesmo com as redes sociais”.
O clube está aberto todos os dias, durante todo o dia, com horários desfasados do Acrotramp, clube ao qual Iúri Lage agradece todo o apoio prestado desde a primeira hora. ■

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