Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Vasco Almeida, Assistentes: Pedro Cabral e Paulo Cabral, AF Ponta Delgada
CALDAS 2
Luís Paulo [3], Juvenal [3], Militão [3] (C), Rony [4] e Clemente [3]; André Santos [4], Paulo Inácio [3] e Marcelo [2] (André Simões [2] 45’); Januário [3] (Rui Almeida [2] 70’), João Rodrigues [3] e Cruz [3] (Sabino [2] 61’)
Não utilizados: Natalino, Cascão, Bé, Farinha
Treinador: José Vala
ALCOBAÇA 0
Rui Oliveira, Sérgio Neves, Diogo Santana, Ricardo Pontes, Ricardo Santos; André Cosme (João Candeias 75’), Brites e Miguel Pinheiro (C); Danny Esteves, Vasco Pontes (Rui Rodrigues 61’) e Frederico Martins (Vasco Gonçalves 45’)
Não utilizados: João Pedro, Miguel Jacinto, Bruno Daniel, Telmo Pereira
Treinador: Francisco Mota
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: João Rodrigues (36’) e Rony (44’)
Disciplina: Amarelo a Militão (20’ e 68’), Frederico Martins (24’), André Cosme (40’), Vasco Pontes (50’) e André Simões (90’). Vermelho por acumulação a Militão (68’)
O Caldas venceu o Alcobaça e parte agora, pela terceira vez esta época, em busca da uma terceira vitória consecutiva.
Há indícios que apontam para que o Caldas possa arrancar agora para uma série consistente de bons resultados e escalar na tabela classificativa. Diz o povo que à terceira é de vez e o próximo jogo (a 27 de Novembro) até vai ser jogado… na ilha Terceira.
Os alvinegros arrancaram a época com duas vitórias, mas o Torreense interrompeu a série vitoriosa. O mesmo fez o Gafetense após as vitórias com o Lusitânia e o Angrense.
Desta vez o pelicano enfrenta novamente o Lusitânia após duas vitórias com o Alcanenense e o Alcobaça, não com as melhores exibições em termos técnicos, mas com trabalhos acima de tudo consistentes.
Foi isso acima de tudo que o Caldas foi contra o Alcobaça. Uma equipa eficaz nos seus processos, coesa na procura da bola e na ocupação dos espaços, desde o homem mais avançado ao guarda-redes (que saiu duas vezes da área para travar tentativas de ataque do Alcobaça). Uma atitude competitiva que permitiu explorar o erro do adversário, que demorou mas chegou ao minuto 36, com Juvenal a cruzar muito bem para João Rodrigues finalizar na posição do ponta-de-lança, com um excelente golpe de cabeça.
O golo galvanizou um Caldas que até aí tinha algumas dificuldades em decidir bem o que fazer às bolas que ganhava no meio campo ofensivo. E foi de canto que o segundo golo apareceu. Já antes Clemente e Januário combinaram um canto curto para Rony obrigar Rui Oliveira a uma grande defesa. Quatro minutos depois a combinação voltou a resultar e desta vez o cabeceamento picado bateu o guardião do Alcobaça.
O resumo do jogo podia ficar por aqui. Houve uma segunda parte, mas que pouco acrescentou ao jogo. O Caldas continuou forte na acção defensiva, mas muito mais atrás no campo. Já o Alcobaça mostrou as suas debilidades no processo ofensivo e não conseguiu incomodar Luís Paulo, nem mesmo nos cerca de 25 minutos que jogou com um homem a mais.
O senão desta segunda parte, para o Caldas, foi a expulsão de Militão, que deixa o central totalista de fora na próxima jornada.
MELHOR DO CALDAS
André Santos 4
Foi fundamental na forma como o Caldas pressionou o Alcobaça no meio campo ofensivo durante toda a primeira parte, postura que garantiu os três pontos. Fê-lo tanto pelo seu próprio posicionamento, como pela forma como comandou os colegas para ocuparem bem os espaços.
Marcelo Santos, jogador do Caldas
Fizemos a nossa parte
É sempre um derby da zona e todas as equipas querem ganhar ao Caldas. Fizemos um bom jogo, circulámos bem a bola e foi um resultado justo. Sabíamos que íamos ter pouco espaço, que eles iam ter o bloco baixo, interpretámos bem o que o mister pediu, fizemos a nossa parte e ganhámos. Trabalho todos os dias para merecer um lugar na equipa, agarrei e agora é continuar.
José Vala, treinador do Caldas
Organização
Procurámos jogar com muita mobilidade para ultrapassar o bloco baixo do Ginásio, não o conseguimos na totalidade, havia muitos jogadores a pedir a bola na primeira fase e faltava no último terço. Acabámos por conseguir e chegámos com justiça em vantagem ao intervalo. Pedi que entrássemos mais pressionantes na segunda parte e também não conseguimos. Acabámos por nos pôr a jeito com a expulsão, se o livre desse golo o Alcobaça entrava no jogo, mas fomos organizados. O João tem muitas características para marcar daquela forma, é um trabalho que está a ser feito e vai aparecer mais vezes. Tenho quase a certeza que se aparecesse ali quatro ou cinco vezes fazia três golos.
Francisco Mota, treinador do Alcobaça
Golos consentidos
Tentámos controlar o adversário na primeira parte, conseguimos até determinada altura mas sofremos golos algo consentidos. Com 2-0 ao intervalo tornou-se mais difícil, entrámos mais esclarecidos e beneficiámos da expulsão, mas esta equipa tem que fazer mais e tem capacidade para isso.