Golo de penálti deu vantagem aos serranos
O início da segunda fase não trouxe ao Caldas um novo começo. Os pelicanos perderam em casa, já não vencem há seis jornadas consecutivas para a Liga 3 e também há oito jogos consecutivos no Campo da Mata. Mas nem tudo foi mau na jornada, uma vez que o empate entre Oliveira do Hospital e Lusitânia minimizou as perdas.
Na abordagem ao jogo, José Vala manteve a estrutura que vinha a ser habitual nas últimas partidas, a partir de um 3x5x2, mas com várias mexidas no 11 inicial, a começar na baliza, ocupada por Wilson Soares, que regressou à competição após mais de um ano de paragem. Os reforços mais recentes, Nhayson e Tomás Castro, também assumiram a titularidade.
No entanto, a primeira parte terminou sem golos e sem grandes ocasiões, fruto de abordagem idênticas dos dois conjuntos, mais alinhadas com o manter da própria baliza inviolada.
Já a segunda parte começou, praticamente, com o golo do Sp. Covilhã. Num lançamento lateral no enfiamento da grande área, do lado esquerdo, bola para o interior da área para Lucas Duarte, Militão foi dividir o lance e terá derrubado o adversário. Ramalho, da marca de penálti, enganou Wilson e fez o 0-1.
A perder, o Caldas acelerou processos no último terço do terreno e começou a criar sensação de perigo para a baliza do Sp. Covilhã. Ao minuto 57, trabalharam os alas, cruzamento de David Lopes para Nhayson aparecer a cabecear ao segundo poste contra o corpo de um defesa. Depois foi Yordy a fazer um passe vertical para Miguel Velosa, valeu o corte oportuno de Konaté (63) quando o avançado do Caldas se preparava para entrar na área. E três minutos depois, foi Edu a progredir em condução, o central tabelou com Rafa Pinto e já na área atirou para a defesa com o pé de João Gonçalo, no lance em que os pelicanos mais perto estiveram do golo.
O pendor ofensivo dos caldenses manteve-se até ao final, mas o Sp. Covilhã conseguiu levar a água ao seu moinho, em parte pela boa organização defensiva, mas também apoiado numa estratégia em que parou muitas vezes o jogo para assistência aos seus jogadores.
O Caldas, mesmo assim, viu já nos descontos João Gonçalo defender um remate forte de Rafa Pinto e outra tentativa de Januário passar a rasar o poste. Os pelicanos ainda protestaram, nos descontos, um possível penálti sobre Nhayson ao minuto 78. ■
“Entrar a perder pesa”
José Vala deu mérito ao Sp. Covilhã por ter conseguido marcar, o que o Caldas não conseguiu. “Não tenho nada a dizer aos jogadores, procurámos de diversas formas, a bola não entrou”, lamentou. O técnico disse que a estratégia na primeira parte foi não desorganizar a equipa. “Podíamos ter arriscado mais, mas o Covilhã também é muito forte no momento de transição ofensiva”, salientou. Na segunda parte o objetivo era pressionar mais, mesmo antes de sofrer golo, mas faltou a eficácia. José Vala falou ainda da série negativa. “Nem é tanto não ganharmos há tantos jogos, entrar a perder nesta segunda fase pesa, mas só temos dois caminhos, arranjar desculpas, ou perceber as nossas responsabilidades e trabalhar sobre elas”. ■
Momento do jogo
Ao minuto 66, o melhor lance, ou pelo menos aquele em que o Caldas mais perto esteve de chegar ao golo. A jogada começou em Edu, que se encheu de fé transportou a bola em progressão pela meia esquerda, a meio do caminho fez uma tabela com Rafa Pinto, que o embalou até à grande área e, já na área de rigor, o central aplicou um remate. No entanto, o guarda-redes João Gonçalo fez bem a mancha e defendeu com o pé. Com o Caldas embalado no ataque, o lance podia ter mudado o rumo do jogo. ■