Ciclista natural de Salir do Porto sucede ao colega e amigo João Almeida com a camisola de campeão nacional de contrarrelógio
O ciclista caldense António Morgado é o novo campeão nacional de contrarrelógio, tendo festejado a vitória na passada sexta-feira, dia 21 de junho, em Santa Maria da Feira.
O jovem de Salir do Porto completou os 32,4 quilómetros da prova em apenas 39,32 minutos e foi 17 segundos mais rápido que o segundo, Ivo Oliveira, seu colega na UAE Emirates. O pódio completou-se com Rui Costa (da Education First), que se sagrou campeão na estrada (com António Morgado a cruzar a meta em vigésimo).
O percurso, em redor do Europarque, era quase todo plano, endurecido por alguns pequenos topos e pelo vento.
“Não estava à espera de ganhar, mas estou muito feliz. A última semana foi complicada, porque caí na Volta à Eslovénia e ainda estou cheio de dores no lado esquerdo do corpo, também um bocado constipado”, afirmou António Morgado à Federação Portuguesa de Ciclismo, depois de se tornar, aos 20 anos, o mais jovem de sempre a vencer a prova, superando Nelson Oliveira, Rui Costa e… João Almeida, que conquistaram o título com 22 anos.
António Morgado, que ainda é sub23 e que se estreou nos nacionais de Elite, sucede assim ao seu colega de equipa e também caldense João Almeida. O ciclista de A-dos-Francos, que esteve em grande destaque na Volta à Suíça deste ano, não participou nos nacionais, para preparar a sua estreia no Tour.
A prova inicia-se este sábado, dia 29 de junho, e vai percorrer um total de 3492 quilómetros divididos em 21 etapas.
As três primeiras etapas do Tour deste ano serão corridas em Itália, com o arranque em Florença. Depois de duas etapas com colinas e uma ao sprint, será no quarto dia que o pelotão entrará em solo gaulês. A etapa, a primeira de montanha da edição deste ano, começa em Pinerolo, na província de Turim, mas acaba em Valloire, em França. Ainda na primeira semanbahá duas etapas planas e um contrarrelógio individual de mais de 25 quilómetros entre Nuits-Saint-Georges e Gevrey-Chambertin. Segue-se uma etapa plana e uma com colinas, em Troyes, antes do primeiro dia de descanso. Depois, a décima é ao sprint, mas a 11ª promete muitos ataques. Nos dois dias seguintes a luta será pela camisola verde, dos pontos, com duas tiradas planas, antes de dois dias de alta montanha (com o Tourmalet na 14ª – e a particularidade da meta estar no sítio onde Poulidor venceu em 74 – e o Col d’Agnes no dia seguinte) e do último dia de descanso. A 16ª é ao sprint e depois temos montanha com final na estação de ski Superdévoluy. No dia seguinte uma etapa com colinas, antes de voltarem à montanha (subida à mais alta estrada de França na 19ª e aos Cols de Turini e De La Couillole na 20ª). Para fechar o Tour deste ano há um contrarrelógio individual de 33,7 quilómetros, entre Monaco e Nice, que vai manter esperanças em mudanças na geral até ao último dia. ■