Ciclismo: João Almeida doou camisola Branca ao Museu de Ciclismo

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Museu homenageou o ciclista e alargou o núcleo que lhe dedica

Uma semana depois de ter sido homenageado na sua terra, A-dos-Francos, João Almeida voltou a ser alvo de homenagem, agora por iniciativa do Museu de Ciclismo das Caldas da Rainha, no passado sábado. O ciclista viu o seu núcleo no museu ser aumentado e também ele ofereceu a camisola branca do prémio da juventude que conquistou no Giro deste ano ao espólio do museu.
Foi uma cerimónia curta, mas muito participada, que contou com a presença do presidente e do vice-presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques e Joaquim Beato, mas também dos dois anteriores presidentes da autarquia, Tinta Ferreira e Fernando Costa, o presidente da Junta de Freguesia de A-dos-Francos, Paulo Sousa, e também de um representante da Federação Portuguesa de Ciclismo. Mário Lino, diretor do Museu, ofereceu uma placa de homenagem a João Almeida, que homenageia não só o ciclista, que ainda jovem já somou várias conquistas raras, ou mesmo ímpares, na história do ciclismo português.
Mário Lino contou a história de Visconde Moraes, que na década de 70 do século XIX viajou pela primeira vez de bicicleta de Lisboa para a Foz do Arelho. “Depois desta viagem o Visconde de Moraes transformou as suas visitas à Foz do Arelho num ritual ciclístico”, lembrou o diretor do museu, para formular depois o desejo que este primeiro pódio de João Almeida numa grande volta se transforme “num consagrado ritual”.
O Museu de Ciclismo, que dedicou um núcleo exclusivo ao ciclista caldense após a histórica participação no Giro de 2020, que liderou durante 15 dias. Esse núcleo foi agora expandido, com reproduções de notícias dos jornais locais, nacionais e internacionais dos feitos do ciclista na edição deste ano do Giro, um poster com uma imagem da conquista da sua primeira vitória em etapas numa grande volta, e a reprodução da placa de homenagem que o próprio museu ofereceu ao corredor.
No núcleo fica também a camisola branca, símbolo do prémio da juventude, que João Almeida cedeu ao museu, como já tinha feito com uma das camisolas rosa que envergou no Giro 2020.
Em 2020, quando o núcleo foi criado, João Almeida deixou o desejo que ver o espaço aumentar, o que se está a concretizar. O ciclista diz-se feliz pelo reconhecimento local que tem tido e, durante a cerimónia, houve até quem sugerisse que, no futuro, o museu pudesse vir a ter, também, o seu nome e fosse ocupado em boa parte pelas suas conquistas. “Para chegar a esse nível ainda tenho que ganhar muita coisa, mas estamos cá para trabalhar e dar o melhor. Tenho ainda muitos anos pela frente”, disse.
A próxima conquista pode chegar já este fim-de-semana, quando João Almeida retoma a competição para correr os campeonatos de Portugal, que têm lugar de 23 a 25 de junho no Mogadouro. “Tive uma paragem, a forma não está excelente, mas vou com tranquilidade, dar o meu melhor, e tenho dois colegas de equipa que também podem ganhar. Desde que a vitória fique na equipa, é o mais importante”, adiantou. ■