Contas da época da Taça aprova com 218 mil euros de lucro

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A Assembleia-geral de sócios do Caldas SC aprovou as contas do exercício de 2017/18 com um resultado positivo de 218 mil euros. No entanto, ainda nem todas as contas da Taça estavam saldadas no fecho do exercício, com verbas a entrar e a sair que só serão reflectidas no exercício que está em andamento.

O dado que mais ressalta da gestão da época desportiva passada é um resultado positivo de 218 mil euros depois de impostos, o que compara com os 1500 euros do exercício anterior. O activo do clube cresceu substancialmente, de 203 mil euros para 519 mil euros, o que colocou o clube numa situação financeira ainda mais cómoda do que já estava na época anterior. No activo, é de destacar o saldo de caixa e depósitos bancários de 170 mil euros, o que seria suficiente para duas épocas da equipa principal. E também a rubrica com outras contas a receber de 196 mil euros, que deverá conter verbas a receber ainda relativas à campanha na Taça de Portugal.
Também o passivo cresceu, de 120 mil euros para 218 mil euros, diferença que se explica quase na totalidade pela rubrica outras contas a pagar, que incluem 95 mil euros relativos à bilheteira da Taça.
Durante a época desportiva, o clube gerou receita no total de 816 mil euros (face aos 336,5 mil euros da época anterior), e 587 mil euros de despesa antes de depreciações e impostos (contra os 335 mil euros da temporada 2016/17).
No capítulo da receita, destaca-se o aumento substancial das verbas que o clube gerou apenas com a sua actividade do futebol. A bilheteira rendeu 190 mil euros (contra os 6500 da temporada anterior) e este foi o principal impulso nas vendas. Há ainda a destacar os prémios de jogo que atingiram os 72 mil euros. Os subsídios da autarquia cresceram de 100 mil euros para 175 mil euros e os donativos atingiram os 187 mil euros, mais 140 mil que na época passada.
A quotização de sócios cresceu 12%. Já as receitas de publicidade tiveram um ligeiro decréscimo, abaixo de 1%. No entanto, o clube gerou mais 10 mil euros com a cedência dos outdoors.
Se a prestação na Taça trouxe mais receita, também trouxe mais despesa, com destaque para os fornecimentos e serviços externos. Neste capítulo, quase todos os itens tiveram incremento, desde o policiamento às deslocações e manutenção do campo. Mas foram os custos com a AF Leiria e a Federação que mais pesaram, com mais 40 mil euros de custos em inscrições, taxas de jogo e outras despesas. A rubrica outros custos cresceu 75 mil euros, para um total de 100 mil.
Jorge Reis, presidente da Direcção, pediu desculpas aos sócios pelo atraso de sete meses na apresentação das contas e do orçamento, que justificou com problemas de saúde que lhe limitaram a actividade durante dois meses e meio, e também com a saída do vice-presidente com a pasta da área financeira.
O Concelho Fiscal deu parecer favorável ao documento, mas chamou à atenção para uma conta de cerca de 45 mil euros de valor a liquidar. Jorge Reis explicou que se tratou de uma questão técnica contabilística, que não permitiu incluir pagamentos já feitos naquele exercício, adiantando que foram despesas pagas aos jogadores. Essa despesa será reflectida no próximo exercício.
As contas foram aprovadas com 9 abstenções pelos 34 sócios presentes na altura.
Foi também apresentado o orçamento para a presente época, que prevê receitas e despesas próximos dos 400 mil euros, num registo próximo das épocas anteriores. A destacar nesta proposta de orçamento um aumento de verbas para o futebol sénior, de 80 mil euros para cerca de 95 mil. O orçamento foi votado por 37 sócios e passou com 13 abstenções

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