Cerca de 70 pessoas recordaram clube caldense. Angariados fundos para a criação de nova bandeira
Recordar o Futebol Clube das Caldas foi o mote para o convívio que decorreu na noite de sábado, 2 de dezembro, no restaurante Delícias do Paraíso e que reuniu cerca de 80 pessoas. A iniciativa partiu de Filipe Camacho e Paulo Henriques, dois caldenses que foram atletas do clube.
Paulo é o mentor da página de Facebook FCC – Futebol Clube das Caldas, que surgiu em agosto deste ano. “Foi começada no dia em que me apercebi que o Kikas (Pedra Morgado) morreu, e tentei pesquisar sobre ele, que tinha sido meu colega no FCC e reparei que não havia nada sobre o clube e impulsivamente comecei a fazer a página e tem que crescido com o contributo de todos”, contou, esclarecendo que esta foi a primeira página nas redes que criou. Como reside em Inglaterra, pediu ajuda a Filipe Camacho para organizarem um convívio. E assim foi. Na primeira edição juntaram perto de 80 pessoas, de diferentes gerações, entre os anos 50 e 90 do século passado, a conviver. Pela sala vemos camisolas do clube, galhardetes e fotografias antigas e ouvimos histórias. Muitas histórias deste clube que foi uma referência no seu tempo.
Entre os participantes estavam muitos rostos conhecidos do desporto regional, como por exemplo Luísa Barbosa, que foi atleta da equipa feminina de basquetebol do FCC, em 1964, e Joaquim Ramos dos Santos, fundador do clube, que discursou para os presentes.
Os organizadores fizeram crachás para assinalar a data e pretendem agora criar uma nova bandeira para o clube. Outro objetivo passa por organizar o convívio todos os anos. “Queremos crescer com isto, chegar a mais pessoas, não queremos deixar isto morrer”.
Questionados pela Gazeta das Caldas, admitem que não sabem se será possível algum dia reatar o clube. “Vamos falar, seria ótimo”, referem, notando que será complicado. Ainda assim, “esse é o sonho!”, exclama Paulo Henriques.
Com um final triste, o Futebol Clube das Caldas acabou por desaparecer no final da década de 90 do século passado. Quando o clube foi fechado, as instalações foram assaltadas e vandalizadas, com troféus, equipamentos e outros bens espalhados pelos terrenos próximos. Alguns, poucos, desses objetos foram guardados, como as duas camisolas, que foram autografadas por todos os presentes no convívio e guardadas pelo mentor da página. “O senhor Carlos, que era pintor e que tomava conta do campo e pintava as linhas, que morava junto ao campo, conseguiu recuperar e preservar algumas coisas”, contam. ■