O Caldas SC reuniu os sócios em Assembleia-geral no passado dia 20 de Fevereiro para apresentação e votação do relatório e contas referente ao exercício de 2018/19, mas o acto acabou por ser suspenso e adiado para 13 de Março.
O motivo da suspensão da assembleia-geral foi uma divergência entre as contas apresentadas pela direcção aos sócios e as que foram facultadas previamente ao Conselho Fiscal, para emissão do parecer daquele órgão de fiscalização do clube.
Em causa estavam divergências de valores em três rubricas, nomeadamente nas outras contas a receber, referente ao activo corrente do clube, nos fornecimentos e serviços externos, referente aos gastos, e no resultado líquido do exercício. Nas três rubricas a diferença de valor superava os 56 mil euros.
Logo após José da Silva e Evaristo Sousa, presidente e relator do CF, respectivamente, terem levantado a questão da divergência de valores, o presidente da direcção, Jorge Reis, suspendeu a votação para que seja averiguada, em conjunto com a empresa de contabilidade, a causa da divergência e qual dos documentos está correcto.
As contas apresentadas pela direcção apresentavam um resultado líquido negativo em 28 mil euros. O que o Conselho Fiscal disse ter em sua posse apresentava um resultado negativo em 84 mil euros.
O documento será novamente apresentado e avaliado pelos associados dentro de duas semanas, a 13 de Março.
Recorde-se que, no exercício 2017/18, o Caldas apresentou um saldo positivo nas contas de 260 mil euros. No entanto, esse resultado surgiu inflaccionado uma vez que parte das despesas que o clube teve para acolher os jogos da Taça de Portugal, no valor próximo dos 120 mil euros, só foi contabilizado em 2018/19.
Depois da suspensão da votação das contas, já não foi apresentado o orçamento e plano de actividades para a época em curso, o que só será feito na próxima AG.
ELEIÇÕES DENTRO DE UM MÊS
Depois da AG de 13 de Março, os associados serão novamente chamados no final de Março, ou início de Abril, para as eleições para os órgãos sociais.
Jorge Reis anunciou que a actual direcção se irá recandidatar, com um plano de investimento para aplicar os capitais que já entraram no clube pela cedência do direito de superfície do posto de combustíveis.