O Caldas respondeu com dinâmica ofensiva ao golo do Águeda a fechar a primeira parte e acabou a sufocar o adversário. Frescura física poderia ter resultado em reviravolta, mas faltou eficácia.
estádio municipal de águeda
Árbitro: Bruno Costa, AF Braga
Assistentes: João Silva e Carlos Dias
Águeda 1
Évora; Diogo Castro (Marcelo Dias 73’), Miguel Campos, Emanuel (C) e Pedro Tavares; Gouveia, Paulo Madeira, Juninho (Marcelo Cordeiro 80’) e Ivan; Neto (Gabriel 87’) e Camará Drogba
Não utilizados: Rafa Santos, Pedro Sá, Emmanuel Mbarga, Rui Rua
Treinador: André Ribeiro
Caldas 1
Luís Paulo [7]; Passos [8], Militão [8] (C), Gaio [7] e Farinha [7]; Paulo Inácio [7] (Bernardo Rodrigues [5] 61’), Yordy [7], Pedro Faustino [7] e Simões [7]; Hugo Neto [6] (Ruca [5] 61’) e Ricardo Isabelinha [7] (Januário [4] 87’)
Não utilizados: Francisco, Juvenal, André Santos, Karim
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 1-0
Marcadores
Camará Drogba (43’) e Passos (86’)
Disciplina
Amarelo: Pedro Tavares 57’, Yordy 59’, Ruca 90’+5
A primeira parte escasseou em oportunidades de golo, mas foi muito interessante do ponto de vista das estratégias das duas equipas. Ambas fugiam a esquemas estáticos, procurando fazer desequilíbrios entre linhas, quer através dos seus médios mais criativos, quer pelas subidas dos laterais.
No entanto, a forma organizada como ambos os conjuntos se apresentavam impediam que os lances de ataque ensaiados levassem grande perigo a qualquer uma das balizas.
Isto até aos cinco minutos finais. Começou por ser o Caldas a conseguir furar a organização defensiva do adversário. Numa combinação com Simões, Farinha fugiu pela esquerda, o passe atrasado por alto não foi, porém, o ideal e Hugo Neto falhou o remate.
Na resposta marcou o Águeda, num lance de insistência que começou à esquerda, com um centro de Pedro Tavares que Gaio cortou. Ivan ganhou o ressalto mas deu uma rosca, que foi ter à direita em Juninho e o criativo do Águeda tirou novo centro, desta vez certeiro para a cabeça de Camará Drogba, que colocou fora do alcance de Luís Paulo.
O Caldas precisava de reagir e fê-lo, colocando maior dinâmica ao seu jogo de ataque. No entanto, isso abriu alguns espaços que o Águeda procurou aproveitar. Logo ao quinto minuto, a cabeça de Camará Drogba voltou a fazer das suas, mas desta vez Luís Paulo respondeu a grande altura.
O crescimento ofensivo do Caldas falhava em encontrar espaços na área do Águeda e José Vala lançou Ruca e Bernardo, mas foi novamente o Águeda a ficar perto do golo. Magia no passe de Juninho a lançar Neto, valeu novamente a atenção de Luís Paulo.
A partir daí só deu Caldas. Novo lance de Farinha à esquerda só não deu o empate porque Évora impediu que a bola chegasse a Ruca e depois parou o remate à queima de Ricardo Isabelinha. Depois foi Bernardo a aparecer duas vezes na área a rematar, mas com muita gente na área o Águeda bloqueou as duas tentativas. Mas nada pôde fazer ao minuto 86. Pedro Faustino, Bernardo e Ricardo Isabelinha trabalharam a bola, este colocou-a na área, Évora fez uma primeira defesa, mas Passos estava lá para encostar para o empate.
Com um pouco mais de tempo o Caldas poderia ter feito a reviravolta, até porque apresentava muito maior frescura física, mas o marcador não se alterou.
Melhor do Caldas
Passos – 8
Numa partida em que Militão esteve imponente no trabalho defensivo e Pedro Faustino encantou com o seu toque de bola e influência na organização de jogo, foi a leitura perfeita de Passos num lance já quase a terminar o encontro que permitiu ao Caldas pontuar em Águeda.
LUÍS PAULO, JOGADOR DO CALDAS
Mais critério no ataque
Com o volume de jogo que tivemos, podíamos ter tido mais oportunidades, se na zona de definição tivéssemos entregado melhor a bola. O Águeda teve três finalizações na primeira parte, de cabeça, e uma deu o golo. Na segunda parte, com a subida do nosso bloco, tiveram duas oportunidades de grande perigo, mas depois o jogo foi todo nosso, tanto no interior como no exterior. Procurámos chegar ao golo e fomos felizes. Vamos parar uma semana, mas queríamos era continuar para dar ritmo a esta equipa, porque estamos bem, mesmo fisicamente. Se fizermos golos surgem as vitórias, e entrando numa dinâmica de vitória, mantendo esta atitude e entrega, vai ser complicado parar esta equipa.
JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Tivemos qualidade
Fizemos uma boa primeira parte em termos de equilíbrio defensivo e de qualidade de jogo. A única situação de maior perigo do Águeda foi o golo e acho que o resultado ao intervalo era extremamente injusto. Na segunda parte quisemos arriscar. Tivemos muita qualidade, muitas oportunidades para fazer golo, mas desequilibrámo-nos e permitimos transições ao adversário. Mas juntando as duas partes fomos superiores, por isso sabe a pouco este empate.
ANDRÉ RIBEIRO, TREINADOR DO ÁGUEDA
Tarde perfeita do Luís
Dominámos a primeira parte, com qualidade de jogo tanto nas zonas interiores como exteriores e sem permitir oportunidades ao adversário. Na segunda parte batemos contra uma tarde perfeita do Luís Paulo, que nos tirou o segundo golo. Depois baixámos, até pela qualidade do adversário e o Caldas marcou na única oportunidade em que podia ter feito golo.