A Escola Básica e Secundária Fernão do Pó, no Bombarral, acolheu na tarde de quarta-feira, dia 8 de Fevereiro de 2017, a 2ª Concentração de Rugby da CLDE – Coordenação Local do Desporto Escolar do Oeste.
Além da escola anfitriã, o encontro contou com a participação da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, de Caldas da Rainha, da Escola Secundária de Peniche e do Agrupamento de Escolas de Marinhais, de Santarém.
A participação do estabelecimento de ensino ribatejano, segundo o professor Alberto Claudino, deve-se ao facto deste ser o único daquela região a ter a modalidade de rugby, sendo a presença nos convívios da CLDE Oeste a única forma dos alunos poderem competir.
A atividade, como explicou o coordenador do Desporto Escolar do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, está inserida no quadro competitivo do Desporto Escolar, mas “em vez de termos um campeonato, fazemos estes convívios para dar oportunidade aos alunos de competirem, dado que as escolas não têm o mesmo número de jogadores nos mesmos escalões”.
“No nosso caso, por exemplo, temos uma equipa feminina no escalão de juvenis mas não existe mais nenhuma escola que tenha uma equipa neste escalão”, referiu Alberto Claudino, explicando que “o que nós fazemos é juntar todas as jogadoras e organizamos jogos respeitando o equilíbrio entre as equipas”.
Olhando para a prática da modalidade no Bombarral, Alberto Claudino salienta o “privilégio de termos o patrocínio da empresa Groudlink, pertencente a um empresário Bombarralense, que nos apoia com aquilo que nós precisamos”, bem como as condições existentes na escola, em termos de campo e de equipamentos.
“Com todas as condições que temos para a prática da modalidade, gostávamos é de ter ainda mais alunos”, acrescentou.
O número de praticantes não é mais elevado, na opinião do docente, devido “à competição que as novas tecnologias fazem ao desporto, assim como ao facto de termos na escola uma oferta desportiva muito variada”.
Atualmente o estabelecimento de ensino bombarralense conta com 12 grupos-equipa do Desporto Escolar, sendo as tardes de todas as quartas e sextas dedicadas à prática das diferentes modalidades.
Por fim, Alberto Claudino deixou um apelo aos pais no sentido de incentivarem e garantirem que os seus filhos pratiquem desporto.
Sobre este convívio, Catarina Lino, docente da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, salientou que “apesar desta ser uma modalidade de contacto, temos sempre convívios muito salutares e por isso a arbitragem é sempre feita de uma forma pedagógica”.
A grande preocupação, segundo referiu, é proporcionar uma boa inserção dos alunos, de forma a “ganharem gosto pela modalidade”. “Embora seja considerado um desporto violento, esta é talvez a modalidade na qual se consegue mais entreajuda no desporto escolar”, salientou.
Sobre a prática desta modalidade no seu estabelecimento de ensino, Catarina Lino frisou que a “prática de desporto na escola tem algumas variáveis que podem impedir que tenhamos um maior número de alunos”, como é o caso do horário escolar.
“A nossa escola tem muitos alunos e não é fácil gerir os horários para conseguirmos ter períodos exclusivos para o desporto escolar”, lamentou a docente.
Na opinião de Catarino Lino, “seria importante que os alunos fossem encaminhados de forma mais consistente para o desporto escolar, porque neste momento, em Portugal, é a única forma de desporto competitivo leccionado por profissionais habilitados e de forma gratuita”. A docente lamentou que não haja mais alunos a aproveitar esta mais valia, pois poderiam “utilizar os seus tempos livres de uma forma em que ganham hábitos de vida saudáveis, de entreajuda e de saber estar, além de poderem fazer novas amizades”.