Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro: José Durães, Assistentes: Bruno Alexandre e Carlos Pereira, AF Guarda
OLEIROS 2
João Gomes; Fábio Henriques, David Facucho (C), Tiago Gomes e Bruno Cardoso; Rui Velho, Pape Balla (Tak Teuin 65’) e Leandro; Nilson, Diego (Liu 80’) e Miguel Luz (Lelé 59’)
Não utilizados: Caio, Rafael, Gustavo, Li
Treinador: Paulo Machado
CALDAS 1
Luís Paulo [3]; Juvenal [3], Rui Almeida [3] (C), Militão [3] e Clemente [3]; Paulo Inácio [3], André Simões [3] (João Rodrigues [2] 74’) e Vítor Rodrigues [2] (Tonicha [2] 56’); Januário [1], Johnny [3] e Farinha [3] (Sabino [2] 74’)
Não utilizados: Natalino, Cascão, André Santos, Diogo Bento
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Fábio André (67’), Nilson (77’) e Johnny (81’)
Disciplina: amarelo a Pape Balla (44’), David Facucho (64’), Paulo Inácio (65’), Lelé (76’). Vermelho directo a Januário (44’)
Vitor Rodrigues fez a estreia a titular no campeonato
A expulsão de Januário à beira do intervalo foi uma adversidade que o Caldas não conseguiu ultrapassar na visita a Oleiros. Os alvinegros dominaram a estatística de jogo, mas um golo algo fortuito e um outro que cortou a reacção caldense operada a partir do banco decidiram o jogo a favor de um Oleiros sobretudo eficaz.
Se na jornada passada o Caldas pecou por não materializar o domínio em oportunidades de golo, em Oleiros os comandados de José Vala entraram com muita objectividade e sentido de baliza. A provar os remates de Simões, Johnny (duas vezes) e de Clemente nos minutos iniciais.
O Oleiros apostava sobretudo nos contra-ataques, fazendo a bola passar por cima do meio campo caldense. Só depois da meia conseguiu uma verdadeira ocasião de golo. Nilson na pequena área esbarrou num Luís Paulo decidido a acabar o jogo 150 com a camisola do Caldas com a folha limpa.
Já o Caldas, mesmo perdendo algum fulgor nos 10 minutos finais, acabou a primeira parte com a melhor ocasião no primeiro tempo. Subida de Juvenal pela direita, assistência para Farinha que remata para a defesa de José Gomes. Pouca gente percebeu o que se passou depois. Januário e Facucho estariam a discutir um possível ressalto, o central terá agarrado o extremo do Caldas, que se sentiu e respondeu. Viu o cartão vermelho.
A segunda parte ia obrigar um Caldas exímio em organização defensiva e mortífero no contra-ataque. E houve indícios que a vitória ainda podia vir para as Caldas. Johnny, servido pelo irmão Vítor, e depois Farinha novamente servido por Juvenal podiam ter inaugurado o marcador. Mas foi o Oleiros que revelou maior eficácia. Na sequência de um canto, e de uma série de ressaltos em que a defensiva do Caldas não conseguiu afastar a bola, Fábio rematou colocado e bateu Luís Paulo.
O Caldas reagiu e Militão, na sequência de um canto, acertou na barra. José Vala quis aproveitar a corrente e lançou João Rodrigues e Sabino. Mas Paulo Machado também tinha aumentado a velocidade com Lelé e foi o extremo que assistiu Nilson, que bateu Luís Paulo com um remate de primeira.
A vantagem de dois golos fez o Oleiros recuar. Mas o Caldas só conseguiu reduzir a diferença, num lance estonteante de Johnny depois de contornar vários opositores pela zona central. Melhor do Caldas
Johnny 3
Teve por missão assumir praticamente sozinho as despesas do ataque na segunda parte (até às substituições) e, contra o mundo, foi capaz de marcar um golo que se tiver sido captado em vídeo terá, certamente, muitas visualizações nas redes sociais, tal foi a categoria.
Luís Paulo, jogador do Caldas
É uma excelente marca
Independentemente do que aconteceu no seu todo fizemos um bom jogo. A primeira parte foi nossa, tivemos mais oportunidades, eles só tiveram uma flagrante na pequena área. A partir dos 35 minutos perdemos o controlo do jogo e a expulsão não ajudou. Criámos oportunidades de golo com menos um e penso que podíamos sair com o empate. Temos jogadores acima da média, começando por quem faz o golo que estaria facilmente noutro patamar. Vamos voltar às vitórias com certeza. Fazer 150 jogos é uma excelente marca, são cinco anos, se calhar nem eu esperava. Agradeço a quem me trouxe, ao Miguel Silva, e a quem apostou em mim inicialmente, os misters José Simões e Marco Conchinha. É com muita felicidade que vejo o meu trabalho reconhecido, era uma incógnita quando cheguei, ninguém me conhecia, hoje reconhecem o meu mérito. Não espero sair, quero estar aqui até o clube me querer e atingir marcas superiores.
José Vala, treinador do Caldas
Acto irreflectido
Tivemos o controlo do jogo na primeira parte, demos um tiro no pé com a expulsão do Januário, foi um acto irreflectido e ele é o mais arrependido de todos. Tentámos baixar o bloco e procurar os ataques rápidos. Até ao golo não houve perigo, tivemos uma boa reação quando reduzimos, mas foi mais com o coração e menos com a cabeça.
Paulo Machado, treinador do Oleiros
Sair na frente
Fizemos um jogo competente, conseguimos contrariar o fortíssimo jogo interior do Caldas, que ao nível das combinações foi do melhor que por aqui passou. Tivemos felicidade de nos pormos em vantagem e vencemos penso que com justiça.