Estádio Papa Francisco, Fátima
Árbitro: José Rodrigues, AF Lisboa
Assistentes: Cláudio Maroto e Vítor Aires
FÁTIMA 0
Valério; Tiago Melo, Marco Pereira, Raphael e Renan Pinto; Jorge Neves (C) (Pio Júnior 77’) e André Sousa; Mário Mendonça (João Martins 64’), Renan Soares e Dany; Jeka (Thiaw 49’)
Não utilizados: Miguel, Miguel Neves, Hamza Jouini, João Jesus
Treinador: João Bastos
CALDAS 1
Luís Paulo [3]; Juvenal [3], Militão [3], Rui Almeida [3] (C) e Clemente [3]; Simões [3] e Felipe Ryan [3]; Januário [3] (Vítor Tarzan [1] 90’+2), Marcelo [3] (Bé [1] 80’) e Farinha [3] (Cruz [2] 76’); João Tarzan [3]
Não utilizados: Natalino, Araújo, Perdiz, Cascão
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-1
Marcador: João Tarzan (43’)
Disciplina: amarelo a Juvenal (25’), Jeka (38’), Jorge Neves (56’), Mauro Pereira (60’), Clemente (82’)
Não foi nenhum milagre, mas foi em Fátima que o Caldas alcançou a primeira vitória no campeonato. Um golo do suspeito do costume chegou numa partida muito discutida na zona de meio campo, que os caldenses controlaram.
Tal como em Sintra, onde conseguiu o primeiro ponto na prova, o Caldas estava novamente em casa de um candidato assumido à luta pela subida, embora os primeiros resultados não o demonstrassem. Como se isso não bastasse, José Vala não podia contar com Paulo Inácio e Pedro Emanuel, ambos lesionados, nem com Rony e André Santos, a cumprir dois e três jogos de castigo, respectivamente. Baixas que obrigaram o técnico a fazer várias mexidas no xadrez.
José Vala optou por mexer mais no sector do meio campo, deixando intocado o quarteto defensivo para garantir solidez. André Simões foi utilizado na posição 6, com Felipe Ryan ao lado e Marcelo a assumir o pivot ofensivo do meio campo. Na frente entrou Januário para ocupar uma das alas.
Se estas ausências e alterações podiam afectar a capacidade da equipa caldense nos momentos sem bola, a verdade é que, não deu para perceber que aquelas não seriam habituais primeiras escolhas, com o Caldas a apresentar-se bem organizado e coordenado nos primeiros momentos e nos ressaltos.
De resto, ambas as equipas foram mostrando grande preocupação em não deixar o adversário pensar o seu jogo. Até perto dos 40 minutos as ‘melhores’ ocasiões resultaram de remates ou livres sem grande perigosidade. O primeiro momento de apuro aconteceu junto da baliza do Caldas, num atraso de Militão que ficou curto mas que Luís Paulo conseguiu resolver com Jeka já pronto para finalizar.
Bem melhor foi a resposta do Caldas. João Tarzan teve duas oportunidades, assistido por Marcelo e depois por Clemente. Deste segundo lance resultou um canto, no qual o avançado cabeceou para golo ao segundo poste.
Na segunda parte cabia ao Fátima fazer por inverter o rumo do jogo. Thiaw foi a principal arma da equipa da casa para o conseguir, mas Luís Paulo, em três ocasiões, e Juvenal numa outra, já como guardião batido, não o permitiram. Ao Caldas cabia tentar aproveitar esse balanceamento no contra-ataque, o que Januário deixou por três vezes Januário em boa posição, mas com remates que passaram ao lado.
MELHOR DO CALDAS
João Tarzan 3
Mais um golo decisivo para o camisola 32 do Caldas, que marcou em todos os quatro jogos do campeonato. Além do golo decisivo, o avançado teve mais uma tarde de desgaste no apoio ao meio-campo e até na defesa, onde no jogo aéreo se revela importante nos lances de bola parada.
Juvenal, jogador do Caldas
Soubemos sofrer
É uma vitória justa, estivemos sempre por cima no jogo, soubemos sofrer num jogo difícil, num campo ventoso, mas sabíamos que mais cedo ou mais tarde íamos ganhar e agora é dar seguimento. Tivemos um início de campeonato complicado, agora é continuar na senda das vitórias no campeonato e na Taça, que também é importante para o clube. A nível pessoal o objectivo é sempre dar o máximo pela equipa, estar no máximo de jogos e sem lesões, é o mais importante.
José Vala, treinador do Caldas
Grupo de parabéns
Fizemos uma excelente primeira parte, muito organizada, conseguimos anular os pontos fortes do Fátima e fizemos o golo num lance de bola parada. Na segunda parte tivemos duas ou três oportunidades para matar o jogo, não conseguimos. Tivemos algumas dificuldades mas fomos resolvendo os problemas e penso que o resultado é justo. Apesar de todas as dificuldades, vários jogadores tiveram que fazer funções diferentes das habituais, acabámos por conseguir e o grupo está de parabéns.
João Bastos, treinador do Fátima
Faltou-nos calma
Os guarda-redes não tiveram muito trabalho na primeira parte, o jogo estava equilibrado e do nada, de um canto, o Caldas marcou. Na segunda parte o jogo foi de sentido único, faltou-nos calma para transformar as tantas oportunidades que tivemos em golo.