Com a força de mil para escalar o Everest

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Gazeta das Caldas
João Tarzan está de regresso ao Caldas
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Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Rui Soares, AF Santarém
Assistentes: Filipe Lascas e Pedro Gorjão

CALDAS 2
Luís Paulo [3]; Cascão [4], Militão [5], Rui Almeida [2] (C) e Clemente [4]; Paulo Inácio [5] e Vítor Tarzan [4] (Marcelo [3] 60’); Januário [4] (Farinha [3] 60’), Felipe Ryan [4] e João Tarzan [5]; Pedro Emanuel [4] (Bé [1] 90’+4)
Não utilizados: Natalino, Paixão, Cruz, Araújo
Treinador: José Vala

SINTRENSE 1
Leão; Fábio Pala, Marinheiro, Cassamá (C) e Carlos Alves; Adílio (Magique 73’), Bob, José Custódio e Rúben Ribeiro; Pipas (Luís Elói 55’) e Tino (Tavares 60’)
Não utilizados: Bairos, Altair, Filipe Barros, Mingao
Treinador: Jorge Prazeres
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Carlos Alves (28’), João Tarzan (60’ e 90’+1 g.p.)
Disciplina: Amarelo a Januário (4’), Cascão (13’), Rui Almeida (27’ e 30’), Ruben Ribeiro (42’), José Custódio (44’ e 89’), Pipas (53’), Felipe Ryan (75’), Luís Elói (75’), Cassamá (80’), Marinheiro (86’). Vermelho por acumulação a Rui Almeida (30’) e José Custódio (89’)

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Que tarde de futebol memorável voltou o Campo da Mata a viver no passado domingo! Mais de mil pessoas nas bancadas e um jogo de alta carga emotiva que culminou com uma reviravolta em cima dos 90 conseguida com menos um jogador.
Era o regresso dos heróis à Mata depois dessa tarde/noite gloriosa com o Farense. O Caldas convidou os adeptos a regressarem com o bilhete desse encontro e mais de mil aceitaram.
Embalados por um apoio forte, os alvinegros quiseram retribuir. Logo de início, e após um canto cobrado por Vítor Tarzan, Pedro Emanuel e João Tarzan obrigaram Leão a duas defesas de dificuldade elevada.
O Sintrense, equipa com um plantel muito alterado desde o jogo da primeira volta, começou a equilibrar após os primeiros 10 minutos e acabou por se adiantar no marcador. Jogada rápida após uma recuperação defensiva, Adílio foi travado por Rui Almeida já perto da área e viu o cartão amarelo. Carlos Alves surpreendeu Luís Paulo e inaugurou o marcador. Pouco depois Rui Almeida voltava a ver amarelo por falta a meio campo sobre Pipas. Em dois minutos o Caldas ficava em desvantagem no marcador e em número de jogadores, e com uma montanha para escalar…
E terá sido aqui que o apoio vindo da bancada se fez sentir em grande força. A começar logo após o 0-1. Raras serão as ocasiões em que a equipa da casa sofre golo e recebe do seu público um forte aplauso.
Com uma estrutura a três defesas, o Caldas fez um enorme sacrifício em termos de organização defensiva – note-se aqui o trabalho fenomenal de Paulo Inácio e Militão – de modo a não perder profundidade ofensiva.
Ainda na primeira parte, Leão teve que se aplicar para impedir o golo de Januário, após cobrança rápida de um livre. Já na segunda, os manos Tarzan também estiveram perto do golo. Vítor, isolado por Pedro Emanuel, não conseguiu finalizar e João viu Leão negar-lhe outra vez o golo após centro de Januário.
Cheirava a golo do Caldas e o Sintrense não hesitava em usar anti-jogo. Mas após uma paragem para três substituições, João Tarzan aproveitou um mau atraso e fez o empate.
Mesmo sem correr tantos riscos, o Caldas manteve a defesa a três até ao fim, aguentou o esforço do Sintrense para recuperar a vantagem e teve um prémio justo no fim. Num livre, José Custódio saltou com Cascão e cortou a bola a soco em plena área. João Tarzan teve que esperar quase um minuto para cobrar o castigo, enquanto se mostrava o tempo de compensação, mas não perdeu o foco e aquele golo foi como o culminar de uma escalada ao topo do Everest. 

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