A vitória no jogo em atraso da terceira jornada colocou o Caldas no grupo de quintos classificados, a três pontos da liderança. Objectividade e eficácia foram o segredo para a goleada.
Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: David Salvador, AF Setúbal
Assistentes: André Botelho e Ricardo Saraiva
caldas 5
Luís Paulo [7]; Juvenal [7], Militão [7] (C), Gaio [7] e Farinha [7]; Yordy [7] (Karim [5] 69), André Santos [8] e Pedro Faustino [8]; Januário [8] (Ricardo Isabelinha [4] 78), Bruno Eduardo [8] e Hugo Neto [8] (Ruca [4] 83)
Não utilizados: Francisco Vieira, Passos, Marcelo, Passuco
Treinador: José Vala
FONTINHAS 0
Gonçalo Toste; Luciano Serpa, Gilberto Meneses, Miguel Oliveira, Vítor Miranda, Mauro Aires, João Dias (C), André Silva (Ruben Miranda 62), José Dias, Vasco Goulart (Milton Rebelo 57), Dário Simão (Gustavo Martins 66)
Não utilizados: Délcio, Francisco Vieira, João Moutinho
Treinador: Francisco Faria
Ao intervalo: 3-0
Marcador
Bruno Eduardo (12’), Hugo Neto (19’, 21’ e 83’) e Pedro Faustino (90’+2)
Disciplina
Amarelo: Vasco Goulart (38’), Gaio (43’), Dário Simão (57’), Milton (83’)
O Caldas repetiu no passado domingo a mão cheia de golos aplicada ao Vila Velha de Ródão para a Taça, num jogo que teve em comum o hat-trick facturado por Hugo Neto. No entanto, este triunfo acaba por ter significado maior para os alvinegros, colocando o fim a uma série de três derrotas.
José Vala aplicou mudanças no sistema da equipa, com a aposta num ataque a três que no papel abria o jogo nos corredores laterais, mas que acabou por funcionar muito bem pelo corredor central pela acção os falsos alas que vinham para dentro aproveitar o trabalho de Bruno Eduardo entre os centrais.
Além da mudança no sistema, houve também uma alteração da mentalidade ofensiva da equipa, com uma ofensiva muito mais directa e incisiva, que desarmou por completo a linha defensiva da equipa açoriana e sentenciou o jogo em curtos nove minutos (entre os 12 e os 21).
Jogadas sempre construídas a partir ou em direcção ao corredor central, com tabelas rápidas, em progressão que deixaram o finalizador em posição privilegiada para fazer golo. E se noutras ocasiões a eficácia não é a melhor, a forma como os finalizadores foram servidos também propiciaram a que o golo ficasse mais acessível.
Bruno Eduardo inaugurou o marcador e estreou-se a marcar pelo Caldas, Hugo Neto elevou a conta para três com os seus dois primeiros golos no campeonato.
A partir do terceiro golo o Caldas passou a gerir o jogo de outra forma, ainda que mantendo a propensão ofensiva. O Fontinhas tentou aproveitar e conseguiu dois lances em que obrigou Luís Paulo a brilhar na baliza alvinegra.
Na segunda parte o Caldas continuou a carregar à procura de mais golos. Januário viu uma bola acertar na barra. Foi já com o jogo a caminhar para o final que os golos voltaram. Hugo Neto fechou o hat-trick quando Ruca já estava à espera para o substituir. Pedro Faustino fechou as contas em mais uma estreia a marcar.
Melhor do Caldas
Hugo Neto
Assinou o terceiro hat-trick pelo Caldas e o segundo esta época, curiosamente no jogo em que se estreou a marcar no campeonato. Em jogos anteriores, saído do banco, já tinha estado perto de marcar, poderá agora ter finalizado este período de seca e colocar o seu potencial de finalizador ao serviço da equipa.
GAIO, JOGADOR DO CALDAS
Resultado fala por si
Estivemos bem e estávamos a precisar desta vitória para voltarmos ao bom momento em que estávamos. O resultado fala por si. Tínhamos a noção que precisávamos de atacar mais e naturalmente os golos foram saindo. Queremos andar lá em cima e esta vitória volta a colocar-nos lá. Individualmente a época está a correr bem, estou a conseguir ajudar a equipa e isso é o mais importante.
JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Objectividade
Vencendo este jogo estaríamos bem, a três pontos do primeiro. Passámos a mensagem aos jogadores que era um jogo de grande importância, com uma vitória o Fontinhas ficava com os mesmos pontos que nós. Penso que a principal diferença nas equipas foi a intensidade, ganhámos por cinco golos mas fico ainda mais satisfeito porque os nossos avançados precisavam de fazer golos. Foi uma vitória justa, resolvemos o jogo nos primeiros 25 minutos e depois continuámos a jogar e foi um bom jogo. Temos trabalhado essa objectividade e aparecer com mais gente na zona de finalização.
FRANCISCO FARIA, TR. FONTINHAS
Intensidade
Não entrámos como pretendíamos, que era segurar o ímpeto inicial do Caldas, com uma linha de cinco homens conseguiram conquistar espaço e concretizar em golos. Notou-se uma grande diferença de intensidade de jogo entre as duas equipas e temos que melhorar esse aspecto, porque qualidade existe.