Rampa da Foz com muito público fez lembrar a normalidade

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Evento cada vez mais popular e contexto de pandemia levaram a aumento de público. Inexistência de distanciamento patente, apesar do uso da máscara

Uma verdadeira multidão acorreu à Foz do Arelho na tarde deste domingo para assistir a mais uma edição da Rampa da Foz, o evento automobilístico que se iniciou há praticamente uma década e que já ganhou tradição.
Nos protótipos a vitória foi para o caldense Luís Almeida, que costuma participar no campeonato nacional, o que normalmente o impede de vir a esta corrida. Este ano não só veio, como trouxe a sua equipa, de diferentes pontos do país, para participarem.
“Viemos para nos divertir, o percurso à beira-mar é muito bonito, o público está de parabéns, portaram-se bem. Estava muita gente!”, afirmou.
Nos clássicos a vitória sorriu a Jorge Baptista, no seu Peugeot 205. Na categoria dos carros desportivos, Tiago Baptista e Erica Balseiro foram os primeiros, ao volante do Porsche Cayman.

“Tivemos uma quantidade de público que não estávamos à espera, mas com um comportamento exemplar”

Pedro Alves

“A Foz do Arelho viveu um dia como há muito tempo não vivia, com muita gente”

Tinta Ferreira

Nesta prova o vencedor não é necessariamente o que fizer a rampa mais rapidamente. O vencedor é encontrado com um método que valoriza igualmente a volta mais rápida e a regularidade do piloto nas três passagens cronometradas.
O piloto italiano que se notabilizou nos anos 90 do século passado, Antonino La Vecchia, a conduzir, claro, um Alfa Romeo, foi o carro 0 na prova.
Este ano os vencedores receberam também um desenho feito pelo Lord Mantraste (Bruno Reis Santos) e um saco com fruta da Praça.

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Muito público, pouca distância
“Batemos o recorde de pessoas a assistir neste magnífico cenário”, disse Pedro Alves, do Núcleo de Desportos Motorizados de Leiria, no encerramento da prova.
As vistas para a Lagoa de Óbidos e para o Oceano Atlântico são um dos grandes atrativos da Rampa da Foz, mas há mais. O percurso, com um total de 5,85 quilómetros, contém curvas interessantes e exigentes, combinadas com constantes subidas, desde a zona da Polícia Marítima até à rotunda da antiga Green Hill.
O contexto pandémico foi outro factor importante para a multidão registada, ao qual se uniram as boas condições meteorológicas. Após tantos meses confinados é notória nas pessoas a necessidade de sair e de se encontrarem, de retomarem a normalidade.
Nas zonas de espetáculo, como a rotunda do Facho ou a subida para o edifício Panorâmico estavam lotadas de pessoas. A inexistência de distanciamento ficou patente, apesar da utilização generalizada de máscara por parte da grande maioria.
“Tivemos uma quantidade de público que não estávamos à espera, mas com um comportamento exemplar”, analisou Pedro Alves, do Núcleo de Desportos Motorizados de Leiria, disse que a prova passa dentro da povoação, o que também não facilita a organização.
“Pela nossa vontade cá estarmos para o ano e esperemos que se reúnam as condições”, concluiu.
O presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Tinta Ferreira, também disse que “este ano tivemos efetivsmente muito público resultante penso eu, também da vontade muito grande que as pessoas têm de voltar a vivenciar estas experiências”, disse.
“Apesar disso, o comportamento foi adequado, havia zonas para o público, as pessoas utilizaram máscara e do ponto do vista do espetáculo foi muito interessante”, resumiu o edil,
“A Foz do Arelho viveu um dia como há muito tempo não vivia, com muita gente e muitas pessoas a virem à praia”, fez notar, salientando o peso para a economia.

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