Jantar do reencontro, que teve lugar no passado sábado, reuniu centena e meia de sócios, antigos atletas, treinadores e dirigentes, dando início às comemorações do centenário dos leões das Caldas, que vivem fase de indefinição directiva. O presidente da Câmara apelou aos caldenses para se juntarem ao clube e se criem condições para formar uma nova Direcção
Cerca de centena e meia de pessoas responderam à chamada do Sporting Clube das Caldas para participar, no passado sábado, no Coto, no jantar do reencontro, a iniciativa que abriu, oficialmente, as comemorações do centenário de um clube que vive um período de impasse directivo.
Numa noite carregada de emoção e de reencontros, Mário Pedro, presidente da Comissão Administrativa, agradeceu a presença de antigos atletas, técnicos e dirigentes “das várias modalidades que fizeram a história do clube”, tendo aproveitado a ocasião para reiterar o pedido aos sócios para que façam chegar aos dirigentes do clube fotos e recortes de jornais que possam ajudar a escrever a história dos leões das Caldas.
Mário Tavares, presidente da Assembleia Geral do clube, foi um dos oradores da iniciativa. O histórico dirigente fez uma resenha do percurso do Sp. Caldas, recordando que o clube evoluiu de Caldas Sporting Clube para Sporting Clube das Caldas para “evitar uma confusão onomástica com o rival Caldas Sport Clube”, notando que foi a partir das várias secções do clube que acabaram por nascer “outros clubes das diferentes modalidades” na cidade, lamentando que o clube tenha, actualmente, apenas uma modalidade.
Deixando o desejo que o Sp. Caldas “prossiga, por muitos mais anos, servindo a sua cidade e os jovens, principalmente, das Caldas da Rainha”, Mário Tavares salientou o trabalho do técnico Júlio Reis, um dos responsáveis pela subida dos leões à 1ª Divisão nacional de voleibol, um dos momentos altos da história recente do clube.
TINTA FERREIRA PEDE MAIS UNIÃO
O discurso mais forte da noite acabou por ser protagonizado pelo presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, que não deixou passar o ensejo para formular um “apelo” aos caldenses “para aderirem ao Sp. Caldas” e, desse modo, “ajudarem o clube a passar de Comissão Administrativa para Direcção”.
O chefe do executivo municipal considera fundamental a constituição de listas aos órgãos sociais. “Não é a Câmara que tem de o fazer. As pessoas devem devolver ao clube aquilo que o clube lhes deu em 100 anos”, frisou o autarca, que foi ainda mais longe na análise da situação do clube.
“Este não é o melhor momento do Sp. Caldas. Pode ser em termos desportivos, mas todos sabemos que, do ponto de vista da participação dos sócios e da vontade das pessoas em se disponibilizarem para funções directivas, o momento não é o melhor. Este é um momento de festa, mas também de reflexão”, sublinhou Tinta Ferreira, lamentando que, apesar do “vasto património desportivo”, o clube não tenha património físico de que possa fazer usufruto.
E deu como exemplo o espaço onde funciona a sede “que é pertença do Município, e cedida ao Sporting através de cedência”. “Como é que em 100 anos não se conseguiu arranjar património?”, questionou o presidente da Câmara, apelando à aprovação das contas e destacando, ainda, a “coragem de quem se disponibilizou para integrar a Comissão Administrativa” nesta temporada.
Sp. Caldas está de volta ao 8º lugar
A equipa de voleibol do Sporting das Caldas voltou a subir ao 8º lugar na 1ª Divisão nacional, com a vitória (3-1) sobre o Famalicense, no passado sábado. Um triunfo moralizador para o que resta da temporada.
Apesar do triunfo, os leões das Caldas voltaram a ter algumas intermitências na sua exibição, vencendo o primeiro set de forma concludente (25-21), mas perdendo o segundo de forma ainda mais expressiva. A turma de Famalicão galvanizou-se com o 17-25 do segundo set e obrigou os caldenses a trabalharem muito para voltar ao comando do jogo, acabando por vencer, por 25-23. Foi um set desgastante, sobretudo para os visitantes, que no set derradeiro se eclipsaram perante o poder do ataque e do bloco caldenses (25-13).
Aproveitando as derrotas do Clube K contra Sporting e Sp. Espinho, os caldenses voltaram ao grupo dos oito primeiros da tabela, com a vantagem de ter menos um jogo disputado com este adversário directo.
No domingo, os caldenses receberam o V. Guimarães, com o sétimo posto em discussão. À imagem do encontro de uma semana antes, para a Taça de Portugal, o equilíbrio foi a nota dominante, mas a vitória sorriu… ao Vitória (1-3). O encontro foi decidido em quatro sets, com os parciais de 21-25, 25-23, 25-27 e 20-25.
Amanhã, 1 de Fevereiro, o Sp. Caldas desloca-se ao terreno do Viana do Castelo.