Este livro de 311 páginas organiza-se por capítulos (ou temas) de A a Z: Agricultura, Água, Ambição, Amizades e Companhias, Animais, Burros, Casamento, Cães e Gatos, Comidas e Bebidas, Conselhos, Crianças, Deus, Diabo, Economia/Dinheiro, Educação/Cultura, Família, Felicidade, Festas e Romarias, Frutos, Homem, Inveja, Lua e Sol, Mentiras e Enganos, Meses/Estações do ano, Morte, Mulher, Natal, Profissões, Religião, Santos, Saúde, Sorte, Tempo, Trabalho, Velhice, Vida, Vinho, Vizinhos. Sem esquecer «Os provérbios dos nosso avós» que dá título ao volume e ocupa as páginas 7 a 125.
Desde criança aprendi a lidar de perto com uma frase muito usada na região de Alcobaça e que funciona também como um provérbio: «A vida é como a morte de São Bernardo; uns a rir, outros a chorar.» Refere-se a um quadro na parede do Mosteiro de Alcobaça em que um grupo de frades chora e outro toca pífaros e tambores na morte do fundador da Ordem.
Claro que todos os provérbios em geral podem ter um oposto; baste pensar naquele clássico «O bom julgador a si se julga» ao lado de uma adversativa – «Ninguém é bom juiz em causa própria».
Nesta breve nota de leitura não posso deixar de referir um dos provérbios sobre o Amor («O homem tem a idade da mulher que ama)» e outro muito curioso: «Amar é dar a alguém o poder de nos causar sofrimento» e por fim o da página 77: «O amor começa com um sorriso, cresce com um beijo e acaba com uma lágrima.»
E depois de um adversativa («A felicidade é algo que se multiplica quando se divide») termino com um autêntico programa de vida: «Se achas bom ser importante, um dia descobrirás que é mais importante ser bom.» (Editora: LITEXA, Capa: Carlota Saraiva de Menezes)