Auto Júlio entra em lay-off parcial a partir do mês de Abril

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Empresa quer manter postos de trabalho e, por isso, vai mandar “algumas dezenas” de trabalhadores para casa. Na Thomaz dos Santos, a prioridade é manter a actividade em segurança

 

Dezenas de empresas debatem-se com enormes dificuldades para fazer face ao arrefecimento de economia e muitas ainda não decidiram o que fazer nos próximos tempos. A necessidade de manter as portas abertas e os postos de trabalho criam reservas a muitos empresários.
Quem já desenhou a estratégia para fintar os impactos do covid-19 foi o grupo Auto Júlio, que entra parcialmente em lay-off a partir do mês de Abril.
Com os vendedores “a trabalhar em casa”, Bruno Sousa, administrador das empresas do grupo, revela à Gazeta que a maior parte dos trabalhadores “vão permenecer nos postos de trabalho”. “Como não queremos despedir ninguém, decidimos colocar cerca de 50 dos nossos 330 funcionários em regime de lay-off”, explica o responsável, salientando que a medida abrange, sobretudo, os funcionários dos stands de venda de viaturas, que se encontram encerrados.
“Era uma medida inevitável. Os stands em Torres Vedras, Pombal, Leiria e Caldas estão parados, mas vamos manter a venda de combustíveis. Tudo o resto se mantém”, frisa Bruno Sousa.
Na Thomaz dos Santos, outro dos grandes empregadores da cidade das Caldas, as portas continuam abertas. Mas com regras. “Os clientes não entram nas nossas instalações  e os nossos funcionários estão protegidos. Como dispomos de áreas grandes, não há grande risco de contacto”, explica o administrador Tomás Baptista.
O empresário nota que há “muitas empresas que dependem” da Thomaz dos Santos e, por isso, a histórica empresa caldense, uma referência nos produtos siderúrgicos e ferragens, pretende “continuar a manter a actividade, enquanto for possível”.
“Desde que mudámos de instalações, há cerca de dois anos, adoptámos meios de carregamentos funcionais e creio que posso dizer que os nossos funcionários estão mais protegidos quando estão a trabalhar na empresa do que se estiverem na rua”, nota o empresário, que lidera 60 colaboradores nas Caldas e mais 25 nas instalações em Santa Iria. Os vendedores estão em casa.
Indústria  alimentar sobrevive
Um dos sectores vitais para manter o país em funcionamento é a indústria alimentar.
A Avenal Petfood, “pese  embora ainda não tenha sentido quebras de encomendas”, acredita que o pior ainda está para vir. “Esperamos que o sector da alimentação animal não seja dos mais  penalizados, mas estamos preparados para o pior”, salienta o administrador Ulisses Mota, asseverando que a empresa não tem previsto recorrer ao lay-off.
A empresa caldense, que dispõe de outras instalações em Monte Redondo (Leiria), está em tele-trabalho “com as pessoas possíveis, sem comprometer a produção, que inclusive bateu recorde este mês de Março”. “Tivemos de adaptar algumas das nossas formas de trabalho, de modo a garantir a maior segurança dos nossos colaboradores e clientes para  evitar a menor  presença  de pessoas em simultâneo nas nossas instalações”, frisa o empresário.
HOTEL DONA LEONOR FECHA
Por outro lado, a hotelaria vive tempos difíceis e são várias as unidades que já encerraram portas. Esta semana, na cidade das Caldas, o Hotel Dona Leonor informou que decidiu encerrar “temporariamente” as portas.
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