Há três concelhos do Oeste entre os 50 com melhor índice de poder de compra e um deles é o das Caldas da Rainha, que surge em 39º. Sobral de Monte Agraço é dos concelhos da região o melhor colocado na lista e o único acima da média nacional. O Oeste manteve em grosso modo os índices de há dois anos, mas perdeu um lugar para o Cávado e encerra agora o top 10 entre as 22 regiões do país.
O topo da lista é ocupado por Lisboa e Porto, tanto ao nível dos concelhos, como das regiões, através das suas áreas metropolitanas. Em Lisboa, o índice per capita é mais do dobro da média nacional, enquanto no Porto é superior em mais de 50%.
Isto significa que, se se equiparasse o valor das despesas de cada pessoa em todo o território nacional, em média, cada lisboeta teria mais 119,63 euros para gastar do que a média nacional, enquanto cada portuense teria mais 57,82 euros.
Os concelhos que ocupavam os 10 primeiros lugares deste estudo realizado pelo INE (com os dados económico-financeiros de 2017), são os mesmos que no estudo realizado há dois anos em relação a 2015. E entre eles houve apenas uma troca, com Faro a passar Sines no quinto lugar. A região Centro coloca neste top 10 Coimbra e Aveiro.
Já o Oeste tem que descer à posição 26 para encontrar o seu primeiro representante, Sobral de Monte Agraço. Este é o único município do Oeste, localizado nos arredores de Lisboa, onde o índice de poder de compra é 3,37%, superior à média nacional, com um ligeiro aumento em relação ao estudo anterior, realizado com os dados de 2015.
O segundo concelho do Oeste é Caldas da Rainha, que caiu um lugar e surge em 39º, com um índice de 98,05. Além de ter perdido um lugar, Caldas também está ligeiramente mais afastado da média nacional, já que no estudo divulgado em 2017 tinha um índice per capita de 98,25, tendo superado o valor 100 em anos anteriores.
O Oeste vê ainda Torres Vedras no top 50. O concelho torriense operou uma subida de 13 lugares para 47º, e melhorou o seu indicador de 93,21 para 95,29.
Quase todos os concelhos da região surgem na primeira metade da tabela, menos Óbidos, que baixou de 147º para 158º, e o Cadaval, que perdeu nove lugares e surge em 203º.
De registar ainda a melhoria do Bombarral, que escalou 15 lugares em relação ao estudo realizado há dois anos.
Globalmente, o Oeste aproximou-se da média nacional, mas perdeu um lugar entre as regiões com maior poder de compra e surge em 10º, por troca directa com o Cávado.
MAIS PERCENTAGEM DO PODER DE COMPRA
Apesar de ter piorado ligeiramente o seu índice de poder de compra face à média nacional, Caldas da Rainha melhora a sua percentagem do poder de compra. O concelho surge em 48º a nível nacional, subindo dois lugares face ao estudo de há dois anos, com 0,492% do poder de compra total do país. Isto significa que, se 100 mil euros fosse todo o dinheiro que os portugueses têm para gastar, 492 euros estariam no concelho caldense.
No Oeste, apenas Torres Vedras se encontra à frente das Caldas, com uma percentagem de 0,727. No entanto, este concelho aumentou a sua liderança na região, uma vez que nas Caldas a percentagem subiu apenas duas milésimas, contra as 25 milésimas de Torres Vedras.
Alcobaça, Alenquer e Peniche surgem igualmente no top 100 neste particular. Óbidos é o concelho do Oeste com menor percentagem do poder de compra, 0,086%.
O Oeste apresenta 3,1% do poder de compra nacional, contra os 3,08% de há dois anos e é a sétima melhor região da lista. Mais de metade do poder de compra nacional está nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
PESO DO TURISMO A CRESCER
Outro aspecto sobre o qual o estudo do poder de compra concelhio do INE se debruça é o Factor de Dinamismo Relativo, que mede o poder de compra de manifestação irregular (ou sazonal), associada aos fluxos turísticos. Neste particular, o Oeste continua a colocar a Nazaré e Óbidos dentro do top 15 nacional. Ambos os concelhos melhoraram estes seus indicadores – embora mantenham as suas posições -, o que reflecte o aumento das verbas gastas nestes territórios pelos turistas estrangeiros.
Nazaré e Óbidos encontram-se no 12º e 13º lugares. À sua frente encontram-se 10 concelhos do Algarve e Grândola, do Alentejo Litoral. Peniche e Lourinhã também surgem nos 50 primeiros neste indicador.
No Factor de Dinamismo Relativo, o Oeste encontra-se em quarto lugar do ranking, atrás de Alentejo Litoral, Alto Minho e Alto Tâmega.
Para realizar este estudo, o INE tem em consideração o rendimento bruto declarado, o IRS, os valores das compras, pagamentos de serviços e levantamentos nacionais e internacionais na rede multibanco, a remuneração dos trabalhadores por conta de outrem, os veículos vendidos, o volume de negócios das empresas a retalho e da restauração, e ainda os valores de compra e venda de imóveis, assim como o IMT e o IMI.