Centros de apoio à pessoa com incapacidade pedem mais apoios

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NA CEERIA, em Alcobaça, as valências voltaram ao funcionamento regular, mas com desfasamento de horários | DR

As entidades de apoio à deficiência da região Oeste reabriram os seus serviços, conseguiram manter os postos de trabalho e nalguns casos ainda contrataram mais pessoas para poder prestar o apoio necessário à nova realidade, ensombrada pelo novo coronavírus.
A Cercipeniche reabriu as suas valências e os clientes “estão de volta”, disse o presidente da Direção, Rogério Cação, à Gazeta das Caldas, acrescentando que apenas os que estão no lar é que se mantém em o confinamento onde tudo é feito “com muitas cautelas e penas saídas”. Foi também no da instituição que se viveu o primeiro “susto”, dado que uma das profissionais de saúde que colabora naquele lar “deu positivo” à covid-19 e foi necessário pôr à prova as medidas de isolamento profilático. Tudo correu bem apenas com alguns casos suspeitos que não se confirmaram, segundo o dirigente desta entidade, que conseguiu manter os 90 funcionários.
Além do mais, foram contratados mais funcionários e, por isso, agora a equipa de colaboradores está perto da centena. No domínio ocupacional, a Cercipeniche tem 90 clientes, no apoio residencial 23, mais 45 na formação profissional e ainda presta apoio a mais de uma centena de pessoas da comunidade. “Instituições de apoio como a nossa necessitam de mais apoio para fazer frente aos custos relacionados com a pandemia”, rematou o responsável.

Entidades contrataram mais funcionários

A Cercina, na Nazaré, manteve ativo o plano de contingência e conseguiu assegurar os postos de trabalho, assim como o regresso dos seus utentes. Segundo o presidente da Direção, Joaquim Pequicho, entidades como a OesteCIM deveriam estar mais atentas às necessidades destas instituições e deveriam dar mais apoio para a superação desta fase mais difícil. O dirigente gostaria de poder contar com mais apoio das entidades públicas e regionais, seja na aquisição dos materiais de protecção seja nos produtos necessários à prevenção da pandemia.
A Cercina tem 46 profissionais, contratou mais três pessoas e presta apoio a 60 clientes. Apoia ainda 180 alunos com necessidades educativas em três concelhos da região (Nazaré, Caldas e Cadaval) e adultos através do Gabinete de Inserção Profissional e do Centro Qualifica. A entidade contou com o apoio de programas nacionais relacionados com as medidas de apoio de emergência.
Em Alcobaça, as valências do Ceeria estão em pleno funcionamento. A entidade tem lar residencial, Centro de Atividades Ocupacionais, formação profissional, Intervenção Precoce e o Centro de Recursos. Também teve apenas que lidar com suspeitas de casos que posteriormente não se confirmaram.
Esta entidade manteve os seus 120 colaboradores e continua a prestar apoio a mil pessoas da região. O diretor-geral, Luís Rodrigues, admite que gostaria que as entidades públicas acompanhassem a implementação das medidas nas instituições.