O Grupo Lena Automóveis (GLA) inaugurou no passado dia 2 de Junho novas instalações na Caldas da Rainha (na Rua dos Mártires de Timor) onde terá, de início, a representação de três marcas automóveis no comércio de viaturas novas.
O investimento ficou próximo dos três milhões de euros e representa a criação de oito novos postos de trabalho, num total de 30 colaboradores.
O espaço, com uma área coberta de 4 mil metros quadrados mais 11 mil de área descoberta, congrega concessionários das marcas Peugeot, Kia e Ford, serviços administrativos e oficina multi-marcas, sendo reparador oficial também da Citröen.
Foi a Filipe Santos Silva, Lda. quem começou a preparar estas instalações há alguns anos, mas a concretização do projecto acabou por ser já depois da fusão da empresa bombarralense com o GLA. Jorge Filipe, antes responsável da Filipe Santos Silva e agora administrador e accionista da GLA, fala de um investimento avultado em tempos difíceis, mas que era necessário pelas exigências, quer da própria marca, a Peugeot, quer pelas normas da União Europeia.
A mudança do Bombarral para as Caldas vem, precisamente, responder ao requisito da marca francesa em estar presente nos maiores centros urbanos da zona representada.
O investimento não era, contudo, fácil de realizar por uma empresa sozinha e foi neste contexto que surgiu o Grupo Lena que aportou marcas suficientes para ganhar massa critica por forma a rentabilizar este projecto nas Caldas da Rainha.
Desta forma, o espaço inicialmente preparado para uma única marca será melhor rentabilizado com a representação de três marcas, estando uma quarta a caminho, que o administrador preferiu não adiantar.
“Com um espaço multimarca estamos a optimizar toda a estrutura de back office e oficina e assim só os vendedores e recepcionistas são dedicados a cada marca específica”, explica.
A escolha do local foi feita em diálogo com a Câmara das Caldas, que indicou os locais onde a construção seria possível, tendo a escolha recaído sobre a Rua dos Mártires de Timor, junto à Quinta do Pinheiro Manso, por ser “o maior espaço com o preço mais acessível”, diz Jorge Filipe. “Temos um espaço fantástico, com uma excelente área que esperamos que dentro em pouco tempo já não chegue”, disse.
Com o novo espaço, a sede da Filipe Santos Silva passa também do Bombarral para as Caldas, assim como parte dos trabalhadores, mas o Bombarral continuará a ser ponto de venda e de reparação da Peugeot e da Kia. Já os espaços que existiam no centro das Caldas, na Rua Pero Vaz de Caminha, foram encerradas e os funcionários deslocadas para as novas instalações.
Dez anos sempre a crescer
O Grupo Lena Automóveis é uma sub-holding do Grupo Lena para o sector automóvel, composto pelas empresas Filipe Santos Silva, Lena Parts, Lizdrive, LPM, Rentlei, Servilena e TEC, estando presente no mercado com a venda de automóveis novos e usados, aluguer de viaturas, manutenção e reparação multi-marcas, venda de peças de origem e serviço pós-venda.
Em 2010, o grupo teve um crescimento de 37% no seu volume de facturação, ficando perto dos 60 milhões de euros com um resultado líquido positivo em 1,6 milhões de euros.
Com este investimento nas Caldas, o grupo económico leiriense completa um plano de investimento em novas estruturas multimarcas, depois de ter inaugurado estruturas idênticas em Pombal, Tomar e Santarém.
Joaquim Paulo, Director Executivo (CEO) do Grupo Lena e que até ao início do ano dirigiu o sector automóvel do grupo, salienta o crescimento contínuo da Lena Automóveis desde a sua criação, há 10 anos atrás, quer na facturação, quer nos resultados líquidos, que permitiram ao grupo autofinanciar os investimentos em 30%.
“Este investimento acontece porque há 10 anos traçámos uma estratégia, hoje estamos com a quota de mercado que estabelecemos nessa altura com a Peugeot e investimos agora com a garantia que podemos rentabilizar ainda mais este dinheiro”, afirma.
O CEO do Grupo Lena destacou também o papel dos diversos parceiros, nomeadamente a Filipe Santos Silva. “Ninguém consegue nada sozinho e temos com eles uma parceria da qual nos orgulhamos, foi um negócio feito praticamente em família”, afirmou.
Não devia haver mais cuidado com as vendas ou concessões quando se fala na extinção dos distritos e dos governos civis?
O grupo lena está em todas e sempre em grande. Há que investir em Portugal para sair da crise, ou pelo menos não aprofundizá-la