Inatel vai “oferecer” Termas das Caldas

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Assinatura do protocolo decorreu no dia 20, no Hospital Termal
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Protocolo entre a autarquia e a fundação prevê a inclusão das Termas das Caldas nos programas turísticos da Inatel

A Inatel vai passar a “oferecer” as Termas das Caldas nos seus programas turísticos. Este é o resultado de um protocolo assinado entre a Fundação Inatel e a Câmara das Caldas, no dia 20 de fevereiro, no Hospital Termal.
O presidente da Fundação Inatel, José Manuel Costa Soares esclareceu que pretendem canalizar para as termas locais “não só os clientes da delegação da Foz do Arelho, mas também de outros destinos e latitudes”, no âmbito do departamento de turismo que organiza viagens. “Virá certamente muita gente para as caldas das Caldas”, disse.
Com um departamento de hotelaria, que gere 15 unidades hoteleiras, a Inatel é ainda proprietária de duas captações de águas termais – Manteigas e Entre-os-Rios. “O termalismo é um domínio muito forte nas viagens que a Inatel elabora” e “há um novo público”, notando o crescimento da procura pelo bem-estar. Costa Soares elogiou o espaço do Hospital Termal que “é de uma beleza esmagadora” e “maravilhoso”. O mesmo mostrou-se expectante com a construção de um novo balneário termal.
Costa Soares visitou o Termal em 2013 numa fase em que a autarquia queria que o Inatel explorasse a estrutura. Mais de uma década depois, o então vice-presidente da fundação, considera que a decisão de não avançar foi acertada.
Atualmente no Inatel estão a desenhar um novo programa para candidatar ao Pessoas 2030 que englobe a componente turística e do envelhecimento ativo e saudável e “as termas cabem aqui como uma luva”.
A Fundação Inatel, criada em 1935, desenvolve atividades de valorização dos tempos livres nas áreas do turismo social, da cultura popular e do desporto amador, contando com uma rede de 21 delegações e 15 unidades hoteleiras.
Conta com cerca de 250 mil associados individuais aos quais se acrescentam 3.500 associados coletivos, sendo as suas instalações abertas a todos.
A unidade da Foz do Arelho, que tem 95 quartos e que se localiza em frente à Lagoa de Óbidos, registou, segundo a diretora Carmo Soares, uma taxa de ocupação anual acima dos 60%. Portugal e Espanha são os principais mercados.
Na assinatura do protocolo, o presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques, frisou a localização geográfica central em termos nacionais, com 3,8 milhões de pessoas num raio de 100 quilómetros e características que diferenciam a estância termal, porque está localizada no centro da cidade, junto a um parque e uma mata.
O objetivo do protocolo é criar sinergias entre as duas instituições e estabelece “a oportunidade de o Inatel poder ter pacotes em que oferece, nos serviços de estadia e restauração, um serviço em que os utentes têm uma relação privilegiada na marcação de idas às termas”.
O autarca enalteceu ainda o trabalho desenvolvido na unidade da Foz do Arelho. “É uma referência muito importante termos um equipamento dessa natureza”.
Este é o segundo protocolo deste género assinado pelo município caldense, que em dezembro celebrou um acordo nos mesmos termos com três unidades hoteleiras do concelho – Água d’Alma Hotel, Sana Silver Coast e 19Tile – e que, segundo Vítor Marques, já começou a dar frutos.
O hospital e o balneário Termal das Caldas fazem parte do património termal concessionado pelo Estado à autarquia, em 2015, bem como os Pavilhões do Parque cuja obra de conversão para um hotel de cinco estrelas tarda em começar. Vítor Marques garante que a autarquia tem mantido contactos com a Visabeira, que ganhou o concurso, e que esta mantém interesse na realização da obra, mas aguarda a abertura de apoios para avançar. O autarca revelou que a “licença de obra tem 17 meses” e que “foi suspensa até setembro”.
O autarca aponta que o Revive “não é suficiente” e garante que atualmente não está em causa a rescisão, embora a autarquia “tenha estudado todos os cenários” no sentido de estar preparada.
O edil caldense afirma a sua expetativa de que até setembro, prazo da suspensão da licença de obra, a mesma possa avançar. Sobre a obra de reposição da cobertura que ardeu, também “tem tido prorrogações”. O autarca disse ainda que tem sido feito o acompanhamento do edifício para perceber se o inverno sem cobertura teve impactos na estrutura, mas segundo o que os técnicos da autarquia lhe transmitiram “não coloca em causa a segurança do edifício”. ■

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