Natal dos Sonhos teve impacto positivo no comércio caldense

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A maioria dos comerciantes e empresários das Caldas que responderam ao inquérito de avaliação do projecto de iluminação de Natal da ACCCRO considera que o evento teve impacto positivo nos seus negócios. O evento de 2017 começa a ser preparado já no próximo mês – não deverá ter uma árvore ainda maior, mas a associação empresarial garante que vai continuar a inovar para atrair mais gente ao Natal das Caldas.

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A Árvore de Natal com 45 metros de altura chegou a ser a mais alta do país e atraiu muitos visitantes às Caldas na época natalícia

Cerca de 240 comerciantes, num universo próximo dos 650 estabelecimentos comerciais e hoteleiros existentes no centro das Caldas, responderam ao inquérito que avaliou o impacto do projecto de iluminação e animação de Natal organizado pela Associação Empresarial das Caldas da Rainha e Oeste (ACCCRO). De todos os que responderam, mais de metade (61,7%) consideraram que o evento proporcionou uma melhoria do seu negócio durante as sete semanas do evento relativamente ao mesmo período de 2015. Entre os comerciantes cujas vendas subiram, na esmagadora maioria os acréscimos foram até aos 40%.

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No reverso, quase um terço dos inquiridos (28,5%) considerou que o evento não teve impacto nos negócios e perto de 9,8% revelaram ter vendido menos que em igual período do ano anterior, até 20%.
A maioria dos comerciantes revelou ter tido mais clientes, numa proporção idêntica à subida do volume de facturação (58,7%). O inquérito procurou ainda perceber se o evento trouxe novos clientes aos estabelecimentos e a resposta foi afirmativa. Se 39,7% dos inquiridos disse que os clientes foram os habituais, os restantes afirmaram ter tido ambos os casos (32,8%) ou que na maioria eram novos clientes (27,5%).
Este estudo independente foi realizado pela empresa I&D Food, com um custo base de 2000 euros e teve validação científica de Susana Mendes, professora do IPL.
Perante os dados obtidos, Paulo Agostinho, presidente da ACCCRO, defende que o projecto “atingiu o objectivo”, porque, por um lado, trouxe mais pessoas à cidade e fortaleceu a marca Caldas da Rainha e, por outro, ajudou as empresas a “terem sucesso no seu negócio”.
O estudo não quantifica os ganhos em termos de volume de negócios, mas na apresentação dos resultados ao executivo da Câmara, Paulo Agostinho disse que gostaria de acrescentar na edição de 2017 um estudo de impacto económico idêntico ao que o IPL faz, por exemplo, na prova do circuito mundial de Surf em Peniche.

RETORNO DE 190 MIL EUROS NOS MEDIA

Na apresentação deste estudo, que decorreu no café restaurante Maratona, foram ainda mostrados outros dados recolhidos pela ACCCRO e pela autarquia que ajudam a perceber o impacto da animação de Natal na cidade.
Um desses dados foi o retorno de clipping nos media, ou seja, o valor que custaria em publicidade ao município o tempo ou espaço ocupado pelas notícias publicadas nos jornais ou emitidas nas televisões e nas rádios. Esse valor ascenderia aos 188 mil euros, segundo os serviços da Câmara.
Este valor aproxima-se dos custos totais do evento, que ascendem aos 200 mil euros. Cerca de 150 mil euros dizem respeito à organização em si, entre o financiamento público (96 mil euros), as empresas patrocinadoras e os parceiros que ofereceram bens e serviços. A estes juntaram-se cerca 50 mil euros na promoção nos meios de comunicação.
Outro dado que ajuda a perceber o sucesso do evento foi o acréscimo de 14% na ocupação dos parques de estacionamento geridos pela Câmara das Caldas durante o evento, que sugerem que houve maior afluência à cidade. Segundo dados do município estacionaram mais 13 mil viaturas nestes parques durante o Natal dos Sonhos, sendo que o da Praça 25 de Abril, por cima do qual esteve montada a Árvore de Natal gigante, foi aquele que teve maior incremento, com mais 7 mil carros.
Em relação ao evento que será realizado no Natal de 2017, Paulo Agostinho adiantou que vai ser iniciada a preparação em Abril, um mês mais cedo que no ano passado. A Árvore de Natal não deverá ser mais alta, até porque isso implicaria crescer também na base e a praça não tem mais espaço. No entanto, a ACCCRO promete encontrar outras formas de inovar.

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