Oeste perde terreno entre as regiões com melhores salários

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Região é a décima do país com menos ganho médio mensal e só três cresceram menos

O Oeste entrou para o top 10 das regiões do país onde os trabalhadores por conta de outrem menos ganham. O salário médio mensal no Oeste ronda os 1150 euros e fica cerca de 210 euros abaixo da média nacional.
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, em média cada trabalhador por conta de outrem ganhou no Oeste 1152,39 euros no ano de 2022. Se ao ver este número o leitor pensar que esse já não seria um mau ordenado, o cenário piora. É que, apesar do ganho médio mensal na região ter vindo a aumentar, isso acontece a um ritmo mais baixo do que o resto do país.
Das 25 regiões de nível (NUT) III, o Oeste é apenas a 16ª com ganho médio mais elevado, após ter caído duas posições em relação ao ano anterior. Isto significa que a região é a 10ª do país, incluindo Açores e Madeira, onde os trabalhadores por conta de outrem ganham menos. Abaixo ficam apenas o Algarve, o Ave, Beira Baixa, Alto Alentejo, Beiras e Serra da Estrela, Douro, Terras de Trás-os-Montes, Alto Tâmega e Tâmega e Sousa, por esta ordem. Nesta última, onde o salário médio é mais baixo, atinge os 1026,13 euros.
Já as regiões onde os salários são mais elevados são as áreas metropolitanas de Lisboa (1655,56 euros) e do Porto (1378,56 euros). Estas são as duas únicas acima da média nacional, que se cifra nos 1362,37 euros. Seguem-se o Baixo Alentejo e o Alentejo Litoral. As regiões de Aveiro, Leiria e Coimbra ocupam os lugares 5, 7 e 9, com a Madeira em oitavo. Nestas o valor atinge entre 1223,82 e 1282,90 euros.
Em relação a 2021, o Oeste caiu duas posições, o que se deve ao fraco desempenho da evolução do salário médio, que valorizou 4,1%. Menos só nas regiões da Madeira (2,6%), Baixo Alentejo (3,8%) e Algarve (4%), o que significa que o Oeste não só perdeu essas duas posições, como viu (quase) todas as restantes que estavam atrás aproximarem-se.
Em 2013, a região ocupava o 14º lugar entre as regiões de nível III, então com um ganho médio mensal por trabalhador de 909,73 euros. Embora tenha superado o Algarve, o Oeste foi ultrapassado na competitividade dos salários por regiões como Alto Minho, Viseu Dão Lafões e Cávado.
Dentro do Oeste, há três concelhos onde o ganho médio está acima do da região. Os dois com valores mais elevados são dos que estão mais próximos da capital do país, nomeadamente Alenquer (1284,04 euros) e Arruda dos Vinhos (1192,30 euros). O terceiro é o das Caldas da Rainha, com 1152,85 euros, que superou em relação a 2021 o concelho de Torres Vedras. Nazaré e Alcobaça encerram a primeira metade da tabela, mas com crescimentos mais elevados em relação a todos os que estão acima (5,3% e 5,2%). No ano de 2022 todos os concelhos do Oeste ficaram acima dos 1000 euros de ganho médio mensal. O Bombarral, que encerra a lista, era o único abaixo desse valor em 2021, obteve o crescimento mais elevado na região (6,3%), para os 1061 euros. Peniche e Lourinhã aproximam-se dos 1100 euros, patamar onde entraram Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Óbidos, este com 1106,57 euros.
Desde 2013, os salários médios cresceram nos concelhos do Oeste entre os 18,5% de Óbidos e os 40% da Nazaré, que era, nessa altura, onde os salários eram mais baixos na região.■

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