Um dia de atividades com o Magusto como pretexto deu a conhecer start-ups da incubadora.
A comunidade de empresas do Caldas Empreende realizou, na passada sexta-feira, um Open Day, que teve por base o Magusto, mas que serviu para estabelecer mais um momento de ligação entre os empreendedores e, ao mesmo tempo, dar a conhecer estas empresas à comunidade.
Há três anos no Caldas Empreende, Filipa Ferreira, da Infusa, é atualmente uma das empreendedoras há mais tempo na incubadora criada em 2009 pela Câmara das Caldas da Rainha e pela AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste e explicou a iniciativa. “Acontece muito falarmos do espaço e as pessoas não saberem o que é, nem as empresas que cá estão. Esta foi uma forma de mostrar a incubadora e as empresas que a compõem”, conta.
Ao longo do dia, foram realizadas diversas atividades, promovidas pelos empreendedores e que deram a conhecer os produtos e serviços que disponibilizam, e que vão desde produtos agrícolas e cerâmicos, aos mais diversos serviços.
“Aderiram ao evento algumas pessoas”, disse Filipa Ferreira, para quem a comunicação para o exterior é ainda um dos pontos que podiam ser melhor trabalhados. “Cada um de nós faz as coisas à sua maneira, talvez uma ferramenta de comunicação fosse bom para nos ajudar”, aponta.
Desde o início do ano no Caldas Empreende está o projeto Teresa Vai de Férias. Depois de uma carreira a trabalhar ligada à aviação, Teresa Leal decidiu, em 2020, mudar de vida e criar este projeto que “tem por base uma preocupação com sustentabilidade económica e social da região”, conta. O Teresa Vai de Férias promove atividades que envolvem, sempre que possível, pessoas da região, através da organização de passeios, workshops ou, ainda, eventos corporativos ou privados.
Na incubadora, encontrou “um conjunto de possibilidades”. “São empresas de áreas tão diferentes e, organizando eventos como este, estamos a ajudar-nos uns ao outros a crescer e a levar mais longe o nosso negócio”. Outro exemplo desta colaboração foi a criação dos cabazes de Natal com produtos ou serviços do Caldas Empreende. “Mesmo que não se venda nenhum, já estamos a comunicar e a mensagem vai chegar a alguém”, sublinha.
Essa é, para Teresa Leal, uma das vantagens de trabalhar numa comunidade de empresas, algo que Teresa Teodoro, ceramista que chegou no início do mês ao Caldas Empreende, também partilha. “Fui muito bem acolhida aqui, trocamos muitas ideias entre todos”, salienta.
Teresa Teodoro cria cerâmica criativa artesanal, inicialmente como um hobby que ganhou dimensão. Escolheu instalar-se no Caldas Empreende porque “é muito difícil arranjar um espaço que as economias iniciais de um negócio deem para pagar”, conta a artista, que é membro da Associação de Artesãos. “Aqui temos uma solução mais fácil para arrancar e, se o negócio ganhar pernas, podemos então crescer”, diz.
Crescer de modo a poder ter um espaço próprio é o objetivo de todas as start-ups que chegam à incubadora. Janete de Sousa é coach e encontrou ali um espaço próprio que não tinha antes. O gabinete que encontrou permite-lhe fazer sessões em grupo, que faz com a equipa de voleibol do Sporting das Caldas, mas também criou um grupo direcionado a negócios, o Business Life. “Antes não conseguia, por falta de espaço”, conta.
Janete Sousa está no Caldas Empreende desde setembro e pretende ficar um ano. Além do espaço, salienta o apoio dos outros empreendedores e também da AIRO, “que nos dá formação e assessoria”.