Projeto made in Oeste recolhe e recicla plástico do fundo do mar

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Os parceiros no projeto com uma linha de embalagens criada com plásticos recolhidos no fundo do mar
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SeaRubish2Cap já recolheu 13 toneladas de resíduos em 44 mergulhos

No passado dia 25 de setembro, os promotores do SeaRubbish2Cap juntaram-se para apresentar os resultados do projeto ao operador do programa. O programa financiado pelo EEA Grant propõe-se a valorizar plásticos recolhidos no fundo dos oceanos e envolve duas empresas da região, a BitCliq e a Just Dive – Blue Academy.
“Foi com muito orgulho que em conjunto apresentámos e discutimos as dificuldades e as vitórias ao longo deste projeto”, referiram os responsáveis do projeto, que tem como operador a Direção-geral de Política do Mar no âmbito do programa Crescimento Azul, dos EEA Grants Portugal. “Permitiu-nos juntar e usar os nossos conhecimentos para contribuir, com mais um grãozinho de areia, para a sustentabilidade e economia circular. Foi um prazer trabalhar ao lado da BitCliq, da JustDive – Blue Academy e do PIEP – Innovation in Polymer Engineering”, acrescentou a Neutroplast, empresa promotora do SeaRubish2Cap, sublinhando a vontade de “continuar esta aventura”.
Com o SeaRubish2Cap, a empresa do Sobral de Monte Agraço que produz embalagens certificadas para os segmentos das indústrias farmacêutica e dos cuidados pessoais, propôs-se a recolher resíduos plásticos do fundo do oceano sem danificar o ecossistema e recuperá-los para novo uso. A coleta e reciclagem desses materiais é feita por meio de tecnologias de processamento industrial que garantam o seu uso em futuras aplicações de alto valor.
É neste contexto que surgem as parcerias com BitCliq, empresa tecnológica caldense especialista no desenvolvimento de tecnologia para a economia azul, e com a Just Dive – Blue Academy, empresa de Peniche especialista em mergulho submarino. O consórcio junta ainda a PIEP – Innovation in Polymer Engineering, um centro de investigação e desenvolvimento na área dos plásticos que junta empresas e a academia.
Os plásticos são recolhidos dos fundos marinhos por mergulhadores, em atividades profissionais e de lazer. São, depois, caracterizados de forma a poderem ser incorporados, em percentagens elevadas, na composição de uma linha de embalagens, sem pôr em causa o seu uso para a área alimentar e farmacêutica. Envolve, ainda, o desenvolvimento de uma aplicação para a geolocalização das zonas de recolha de resíduos, que servirá para alimentar a rede de profissionais ligados ao mar e potenciar a economia à volta da recolha e valorização do lixo marinho.
O projeto, foi financiado com 436,8 mil euros pelo EEA Grants Portugal e já recebeu um total de 513,8 mil euros de financiamento. Segundo a página do projeto, em 44 mergulhos foram recuperados 13 toneladas de material, das quais 5 toneladas foram processadas para produzir 6 toneladas de pellets de polímero. ■

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