A Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto (AFUFTSP) enviou no passado dia 12 de Outubro um ofício à Câmara das Caldas a manifestar-se contra a construção de aviários pela Sociedade Agrícola da Quinta da Freiria na Quinta do Talvai.
Os membros daquele órgão autárquico consideram que aquele complexo industrial “poderá vir a ser muito prejudicial” para a população da União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto por se tratar “de um aquífero muito relevante para o abastecimento de água ao concelho”, pode ler-se no documento.
A AFUFTSP acrescenta que as preocupações aumentam “quando sabemos que a decisão tomada contraria os pareceres da Divisão de Gestão Urbanística e Planeamento que apontavam para a emissão de parecer desfavorável e indeferimento do pedido”.
Outra preocupação daquele órgão é o facto de a área edificada (12.000 metros quadrados) ultrapassar “largamente” a área máxima admitida, “que é de 3.000 metros quadrados”. Pelo que, “mesmo que fossem obtidos os pareceres favoráveis para a utilização dos solos RAN e REN a pretensão contraria os princípios do ordenamento”, refere a entidade no ofício remetido ao município.
A AFUFTSP refere ainda que só tomou conhecimento da deliberação que autoriza o início dos procedimentos para a alteração do Ordenamento de Território “por um mero acaso” no mês de Maio. Desta forma, o órgão não teve oportunidade de se pronunciar durante o prazo da discussão pública.