
Alunos e professores partilharam uma dezena de projetos que dinamizam nas várias escolas
O Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos integra este ano, pela primeira vez, o Plano Nacional das Artes (PNA) com o seu Plano Cultural de Escola. No passado dia 3 de abril decorreu a tertúlia “Muralhas de Memórias para o Futuro”, onde foram apresentados os 10 projetos que tem a decorrer durante este ano letivo.
“O que temos aqui é um bocadinho do bom que se faz neste agrupamento. Esta escola “fervilha”, temos tido muitas atividades e projetos”, realçou o diretor do agrupamento, José Santos na abertura do espetáculo, que contou com a presença da coordenadora distrital do PNA, Elisabete Silva.
A leitura expressiva do excerto sobre Óbidos, no livro Viagem a Portugal, de José Saramago, deu início ao serão cultural, que contou também com a apresentação do trabalho e objetivo final do projeto sobre a biodiversidade da Lagoa de Óbidos. Outros alunos mostraram o trabalho que têm desenvolvido no âmbito do projeto Eco Escolas e Escola Azul, enquanto que outros ainda deram a conhecer o Projeto “Dá-lhe Gás”, um site e um jogo de computador que consiste na produção de biometano a partir de resíduos orgânicos locais.
O Clube Contadores de Histórias apresentou a história do O Geco que Descobriu o Eco. O projeto começou em 2019-20 e desde então tem sido alargado aos jardins de infância e centros de dia, com os alunos do secundário a levar as leituras encenadas e a reforçar os laços e empatia entre as várias idades.
A História também esteve em destaque, com os jovens que integram a Academia a apresentar alguns dos trabalhos desenvolvidos e a refletir sobre a importância da história. A vila de Óbidos é cenário e objeto de estudo para vários projetos, ao nível da cultura e arquitetura, mas também com a realização da atividade multidisciplinar Redescobrir Óbidos, que já tem mais de duas décadas. Os mais novos alegraram a plateia com a adaptação de vários sucessos musicais.
Mostrar o que a escola faz ao país
Ana Baptista coordenadora do PNA no agrupamento, explicou que criaram o seu Plano Cultural de Escola tendo por base a “democracia cultural, enquanto plano agregador de muitos projetos numa panóplia de linguagens artísticas com propósitos pedagógicos e de inclusão”.
O nome escolhido, “Muralhas de Memórias para o Futuro”, prende-se com o facto de “ser transversal a todas as disciplinas e consideramos que são “muralhas” de memória, sem esquecer o futuro”, explicou a docente.
Alguns dos projetos apresentados serão de continuidade e outros ainda poderão vir a ser integrados no plano. O agrupamento pretende mostrar para o exterior o trabalho que anda a fazer com os seus alunos. Nesse sentido, Ana Baptista quer levar o Projeto Cultural da Escola ao concurso nacional do PNA, que premeia e reconhece instituições que trabalham em prol da democracia cultural em contexto escolar e comunitário.