A Escola Superior de Artes e Design (ESAD) de Caldas da Rainha pretende abrir um mestrado em Design para a Saúde e Bem-Estar no próximo ano lectivo.
Esta formação destina-se a designers, licenciados com interesse na área, oriundos da a área da saúde com interesse em adquirir conhecimentos e metodologias complementares e, também, engenheiros que procurem obter uma especialização em Design no domínio da Saúde e Bem-Estar.
A ESAS já tinha tentado avançar com o mestrado no ano passado, mas a aprovação do curso só aconteceu quando já decorriam as candidaturas, o que inviabilizou a abertura.
Segundo a coordenadora daquela formação académica, Elga Ferreira, o mestrado em Design para a Saúde e Bem-Estar apresenta uma abordagem “interdisciplinar”, pois integra conteúdos que cruzam o domínio do design, com os conhecimentos das áreas das ciências da vida e da engenharia.
A formação aposta numa visão do design “mais abrangente, ou seja, não apenas virada para resultados que envolvam tecnologias digitais”, explicou a docente à Gazeta das Caldas.
CANDIDATURAS ABERTAS
Entretanto, o estabelecimento de ensino caldense conta com o interesse manifestado de quatro candidatos portugueses que concorreram na 1ª fase: três designers industriais e um designer de produto.
No entanto, normalmente há um maior número de candidaturas na 2ª fase de candidaturas. Esta fase já está a decorrer desde o passado dia 20 de Maio e estende-se até ao próximo dia 15 de Julho.
O primeiro ano lectivo desta formação vai contar com onze docentes na equipa pedagógica e os seminários serão dados por convidados nacionais e internacionais, entre designers, investigadores, profissionais de saúde, engenheiros e empresários das áreas do curso.
Serão leccionadas, entre outras, disciplinas como “Fisiologia Humana”, “Psicologia para o Bem-estar”, “Factores Humanos no Design para o Bem-estar”, “Design para Dados Complexos”, “Design de Experiência do Utilizador em Saúde”, “Métodos de Investigação em Design” e “Sistemas e Sinais Neurobiológicos”.
O mestrado prevê a realização de um estágio e, segundo a coordenadora, há a possibilidade de integrar os alunos em projectos de investigação que decorrem na área do design participativo e design de translação aplicados à área da Saúde e Bem-Estar.
O mestrado em Design para a Saúde e Bem-Estar será dado de forma presencial e funcionará em horário diurno. No entanto, devido à actual pandemia, “talvez parte do 1º semestre seja leccionado on-line”, rematou a coordenadora Elga Ferreira.