Escolas de Óbidos com novos programas e medidas no arranque do ano lectivo

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O director do Agrupamento de Escolas de Óbidos, José Santos, ladeado pelos deputados do PSD Hugo Oliveira e Margarida Balseiro Lopes | DR

Para que o ano lectivo possa correr bem, comunicação e interacção entre a escola e o meio são a “chave”, no entender do director do Agrupamento de Escolas de Óbidos. O início das aulas em Óbidos foi antecedido por uma visita dos deputados do PSD eleitos por Leiria, para se inteirarem da realidade das escolas

“1,2,3 Partida” intitula o projecto destinado às crianças que chegam ao primeiro ano do 1º ciclo de Óbidos. Dinamizada pelo Agrupamento, juntamente com a equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva, a iniciativa assenta na promoção de competências ao nível da socialização e na preparação para o início do ano lectivo. Também será feito um acompanhamento mais próximo, a nível psicológico, dos alunos, com um reforço de docentes no gabinete de apoio ao aluno, explicou o director do agrupamento, José Santos, à Gazeta das Caldas.
Para além das medidas veiculadas pela DGS, foi preparado para este ano lectivo um conjunto de medidas de segurança que passam pela atribuição a cada turma de uma sala e zona interior e exterior da escola. Os horários são desfasados entre ciclos de ensino, com os alunos do primeiro ciclo a entrar às 8h30 e os do segundo ciclo a entrar às 9h00, por exemplo. Também como medida de prevenção, neste agrupamento não se efectuaram reuniões presenciais de preparação para o ano lectivo no início do mês, mas através de vídeo-conferência. Todos os professores e funcionários fizeram teste à Covid 19 e foram distribuídas máscaras e álcool gel.
Está ainda a ser implementado um conjunto de medidas sanitárias “muito exigentes” nos balneários, que ainda não abriram portas. O director do agrupamento garante que estão “minimamente preparados” para o caso das aulas terem de voltar a decorrer à distância. Têm um plano de empréstimo de computadores garantidos pelo município e aguardam as decisões do Ministério da Educação também nesse sentido.
O trabalho em conjunto e a comunicação entre a escola e o meio onde se insere são, de acordo com este responsável, fundamentais para que o ano lectivo corra da melhor forma. Este ano o Agrupamento de Escolas de Óbidos conta com um total de 1358 alunos (que frequentam desde o jardim de infância ao ensino secundário) divididos por 67 turmas.

DEPUTADOS DO PSD VISITARAM ESCOLAS DO DISTRITO

O aprofundar das assimetrias na educação foi uma das preocupações levantadas pelos deputados do PSD, Hugo Oliveira e Margarida Balseiro Lopes, aquando da visita à escola Josefa de Óbidos, no passado dia 16 de Setembro.
Os deputados reconheceram que houve concelhos, como os de Caldas e Óbidos, “que se chegaram à frente e, por si, ajudaram a colmatar a falta de computadores, tablets e internet” mas querem perceber em que medida é que o Ministério da Educação vai compensar estes municípios e como irá garantir aos estudantes que não sem acesso o uso destes dispositivos.
Os deputados do PSD, que escolheram uma escola de Óbidos e outra de Porto de Mós para as visitas, quiseram inteirar-se do arranque do novo ano lectivo, nomeadamente se os estabelecimentos de ensino estão devidamente preparados para receber os estudantes.
“Os alunos estão há mais de seis meses em casa e vão chegar e encontrar uma escola totalmente diferente daquilo que tinham no passado”, disse o deputado caldense Hugo Oliveira, interessado em saber se dão dadas condições mínimas às escolas e aos estudantes.
Outra preocupação manifestada pelos deputados sociais-democratas é da existência de semanas de recuperação. “Houve uma opção do governo em começar o ano lectivo como se nada tivesse acontecido, enquanto que noutros países o ano lectivo começou mais cedo, com a perspectiva de preparar os alunos que estiveram sem aulas”, salientou Margarida Balseiro Lopes, dando o exemplo da França, onde foram feitas férias de aprendizagem.
“Como não sabemos se as escolas estão preparadas queremos ouvir, de viva voz, o que os agrupamentos têm a dizer e perceber se nós poderemos ajudar, levantando questões na Assembleia da República para que corra bem a reabertura do ano lectivo”, concretizou o deputado Hugo Oliveira.