Dois mil e Liberdade
Aproximando-se o final deste ano, é bom termos uma retrospetiva do que aconteceu. Dizem os entendidos que durante os últimos 6 meses foi tempo de impasses. Temos sinais claros de que há grandes movimentações na área do Turismo no nosso país. E também temos, por outro lado, um receio (típico ou atípico – inerente ao nosso país e à nossa culturalidade) de que esse boom trará algo de mau a acontecer.
Não havendo heranças específicas do nosso capital psicológico e social nos últimos anos, assumindo que a última década nos trouxe fases difíceis, seria bom que déssemos por nós a fazer acontecer.
O mundo das pessoas, na forma como nos é apresentado, dita-nos um cenário de escassez mundial – escassez de paz, escassez de recursos. E muito pouco ou nada de bom estamos a deixar para as novas gerações.
Será que o novo ano trará boas novidades?
Não sabemos o que nos espera. Porém, no que depende de nós próprios, esta altura do ano apela a que sejamos um pouco mais conscientes das coisas que estamos a fazer acontecer e daquelas que não estamos a fazer acontecer.
Tempo
Necessariamente, uma das coisas que interferem na forma de estar e no nosso sucesso é a perceção de tempo com que nos regramos. A velocidade atual é estonteante. Em tudo, corremos. E com esse correr, quase deixamos tudo pela metade. O que faremos em relação a isso e que mudanças queremos operar? Relacionamentos
Outro aspeto são os relacionamentos. A teia de relações que temos e que estabelecemos. E a forma como a estamos a cuidar. Seremos capazes de ver quem são as pessoas certas, as que nos fazem bem e que “trabalharemos” para ter junto de nós? E que nos trazem as pessoas certas?
Consciência
Por fim, a consciência. Há diversas oportunidades que nos passam ao lado, diria numa base diária. Toda a vida é um rumo criado de escolhas – umas mais conscientes que outras. E há lastros que somos nós próprios a criar ou a alimentar. Será que vemos? O que faremos para abrir horizontes e trazer para nós próprios novas oportunidades?
Moral
Um dia destes li uma frase curiosa: não somos todos iguais – uns são ladrões.
De facto, esta pode ser lida como uma frase insultuosa. No entanto, roubar pode ser aplicado aos mais diversos aspetos da nossa vida, não apenas o dinheiro (embora no dinheiro muita coisa se reflita). Há quem sugue tempo e energia, por exemplo. Há quem os forneça. Saberemos nós fazer esse reconhecimento? De que lado estamos e como queremos atuar?
Liberdade e consequências
Há a liberdade de expressão – de facto. Mas é também um facto que há consequências dessa liberdade de expressão. E depois há também várias formas de liberdade – de espírito, independência e, de certa forma, a liberdade tem um quê de solidão. Saber estar só é saber ser livre. Não tem sido esse o rumo que temos tomado. A solidão social é praticamente inexistente porque lhe temos acesso virtual. Nesse imaginário, procuramos criar uma imagem, manifestamo-nos e iludimo-nos que que essa é a verdadeira liberdade. Ser direto e frontal é positivo – infelizmente apenas bem visto nesse cenário virtual. E temos tornado a parte visível da nossa vida em algo bem mais “sublime”, bem mais polido do que aquilo que verdadeiramente assumimos como “a nossa verdade”.
Aproximando-se o final deste ano, é bom termos uma retrospetiva do que aconteceu. Dizem os entendidos que durante os últimos 6 meses foi tempo de impasses. Temos sinais claros de que há grandes movimentações na área do Turismo no nosso país. E também temos, por outro lado, um receio (típico ou atípico – inerente ao nosso país e à nossa culturalidade) de que esse boom trará algo de mau a acontecer.
Não havendo heranças específicas do nosso capital psicológico e social nos últimos anos, assumindo que a última década nos trouxe fases difíceis, seria bom que déssemos por nós a fazer acontecer.
O mundo das pessoas, na forma como nos é apresentado, dita-nos um cenário de escassez mundial – escassez de paz, escassez de recursos. E muito pouco ou nada de bom estamos a deixar para as novas gerações.
Será que o novo ano trará boas novidades?
Não sabemos o que nos espera. Porém, no que depende de nós próprios, esta altura do ano apela a que sejamos um pouco mais conscientes das coisas que estamos a fazer acontecer e daquelas que não estamos a fazer acontecer.
Tempo
Necessariamente, uma das coisas que interferem na forma de estar e no nosso sucesso é a perceção de tempo com que nos regramos. A velocidade atual é estonteante. Em tudo, corremos. E com esse correr, quase deixamos tudo pela metade. O que faremos em relação a isso e que mudanças queremos operar?
Relacionamentos
Outro aspeto são os relacionamentos. A teia de relações que temos e que estabelecemos. E a forma como a estamos a cuidar. Seremos capazes de ver quem são as pessoas certas, as que nos fazem bem e que “trabalharemos” para ter junto de nós? E que nos trazem as pessoas certas?
Consciência
Por fim, a consciência. Há diversas oportunidades que nos passam ao lado, diria numa base diária. Toda a vida é um rumo criado de escolhas – umas mais conscientes que outras. E há lastros que somos nós próprios a criar ou a alimentar. Será que vemos? O que faremos para abrir horizontes e trazer para nós próprios novas oportunidades?
Moral
Um dia destes li uma frase curiosa: não somos todos iguais – uns são ladrões.
De facto, esta pode ser lida como uma frase insultuosa. No entanto, roubar pode ser aplicado aos mais diversos aspetos da nossa vida, não apenas o dinheiro (embora no dinheiro muita coisa se reflita). Há quem sugue tempo e energia, por exemplo. Há quem os forneça. Saberemos nós fazer esse reconhecimento? De que lado estamos e como queremos atuar?
Liberdade e consequências
Há a liberdade de expressão – de facto. Mas é também um facto que há consequências dessa liberdade de expressão. E depois há também várias formas de liberdade – de espírito, independência e, de certa forma, a liberdade tem um quê de solidão. Saber estar só é saber ser livre. Não tem sido esse o rumo que temos tomado. A solidão social é praticamente inexistente porque lhe temos acesso virtual. Nesse imaginário, procuramos criar uma imagem, manifestamo-nos e iludimo-nos que que essa é a verdadeira liberdade. Ser direto e frontal é positivo – infelizmente apenas bem visto nesse cenário virtual. E temos tornado a parte visível da nossa vida em algo bem mais “sublime”, bem mais polido do que aquilo que verdadeiramente assumimos como “a nossa verdade”.
Mara Castro Correia
Psicóloga do Trabalho e das Organizações
maracastrocorreia@gmail.com