Gestor ou líder

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noticias das CaldasNo desenvolvimento de um negócio, esperamos que as coisas ocorram minimamente dentro do esperado. Por isso se fazem estimativas e prospeção. Além disso, a estratégia definida vai muito além do próprio negócio e do seu âmbito. A criação de parcerias tem um impacto e um poder decisivo no resultado final. É neste âmbito que têm especial importância as políticas de desenvolvimento e os valores que estão por detrás.
Um negócio gerido vive com base nos recursos disponíveis e tem em mente a sua rentabilização.
Um negócio liderado vive com base na criação de valor para todos, traçando-se um caminho entre a realidade atual e a realidade imaginada.
Eis uma das grandes diferenças entre um gestor e um líder.

Nas empresas atuais corre a noção de que é preciso termos líderes, líderes como visão, capazes de mobilizar, que são modelos (muito pelo seu carisma) e que transformam a realidade. Daí a expressão ou o conceito de liderança transformacional.
Muita tinta já correu sobre este tema da liderança transformacional, porém este é ainda um grande caminho a percorrer no seio das nossas empresas e na forma como são orientadas.
É da responsabilidade das chefias estarem atentas não só ao desempenho das pessoas, mas antes disso, o que as faz sentirem-se bem e ao seu melhor nível, ao serviço do crescimento conjunto da organização. Quando falamos em gestão de talentos, na prática falamos de estar atento às pessoas, ao que dão, ao que lhes é retribuído de forma transparente e às expectativas geradas num contrato psicológico que, não se vendo, é mais importante do que um contrato escrito durante aquele período de vida conjunta.
Ser líder exige muitos atributos. Exige escuta, ativa. Exige dedicação genuína. Exige empatia – não simpatia, necessariamente. Exige distanciamento – porque no limite o exercício da liderança é feito de forma solitária e à parte das restantes pessoas da equipa. Ser líder exige colocar-se (constantemente) em causa – avaliar-se, pedir que a avaliem. É ter coragem de identificar aspetos a melhorar em si. É admitir que se erra – garantindo que errar serve a aprendizagem. É validar bons momentos, celebrando. E é logo de seguida ser capaz de criar tensão para que se ultrapassem limitações e se melhore.
Ser líder é tudo isto, juntamente com conhecer as pessoas e saber identificar e gerir as suas reações. Estaremos muito longe de uma liderança eficaz se assumirmos que a gestão do trabalho e de uma equipa é um exercício puramente racional. Ou, numa versão taylorista, se fecharmos os olhos ao papel das emoções.
Ser líder é oposto de ser narcísico. É o oposto de ser manipulador de pessoas.
Ser líder é ir muito além de si próprio e colocar-se, de facto, ao serviço dos outros.

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