Trabalhabilidade – “Recrutamento vs Redes Sociais”

0
669
Gazeta das Caldas
- publicidade -

É sabido por todos nós que o mundo das redes sociais muito veio alterar as nossas vivências do dia-a-dia. O mercado do recrutamento não escapa a este facto, sofrendo mudanças drásticas com a introdução das mesmas.
Um estudo divulgado pelo gabinete de estatística europeu Eurostat, indica que para 56% das empresas europeias o recrutamento através das redes sociais é o preferencial para a identificação de potenciais candidatos para as suas vagas em aberto. Este estudo vem lançar dados surpreendes revelando que nos últimos quatro anos, a contratação através de plataforma como o Linkedin triplicou na Europa. Em Portugal os valores ficam ainda um pouco abaixo, mantendo-se nos 30%, sendo que esta percentagem irá aumentar tendencionalmente deixando o perfil digital cada vez mais no topo das opções.
Embora o Linkedin seja a rede social de âmbito profissional mais usual, entre empresas e candidatos, existem também outras. O Facebook, que seria uma plataforma social com uma interação diferente, atualmente é também popular na criação de grupos por zonas do país, onde são publicadas as vagas em aberto para as diversas áreas, tendo uma abrangência muito vasta. Assim, constatamos que as próprias plataformas tendem a adaptar-se para conseguirem dar resposta a esta nova tendência de posicionamento dos profissionais e de procura de talento por parte das organizações.
É facilmente percetível que existem sectores mais suscetíveis que outros a esta nova tendência de recrutamento e empresas mais adeptas desta nova realidade que outras. Segundo este estudo do Eurostat, esta nova realidade no recrutamento é mais utilizada pelas grandes empresas. Em áreas como a Tecnologia de informação é fortemente sentido o recrutamento e a identificação de talento online. O que igualmente se verifica nas áreas de Turismo e no Sector Mobiliário.
O facto de atualmente nos encontrarmos online potencia a partilha de experiências, conhecimento e tendências de mercado, não significando que apenas quem pretende encontrar emprego tenha um perfil criado nas plataformas, pois o estudo revela também que mais de 80% dos candidatos não se encontra à procura de emprego ativamente, tendo nestes casos um perfil passivo, observando possíveis oportunidades.
Na Humangext optamos, em regra, por recorrer em todos os pedidos de recrutamento à partilha das nossas oportunidades nas redes sociais. Esta partilha tem o intuito de propagar o máximo possível a informação com vista a alargar a quantidade e o nível das respostas obtidas. Todavia, e apesar dessa divulgação, existe uma dificuldade acrescida em áreas mais específicas onde existe atualmente um forte défice de profissionais qualificados, o que leva a que a tentativa de aliciar os trabalhadores no ativo passe a ser o nosso maior desafio.

Felícia Marques
HR Consultant
feliciamarques@humangext.com

- publicidade -