Estão a decorrer os estágios da Ciência Viva na Carta Arqueológica das Caldas

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Gazeta das Caldas
O grupo que está a trabalhar no projecto da Carta Arqueológica das Caldas
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Os estágios da Ciência Viva no projecto da Carta Arqueológica das Caldas começaram esta semana e continuam na próxima. Jovens do ensino secundário vão para o campo e procuram confirmar vestígios arqueológicos ou ajudam a limpar os locais. Ainda há vagas para a próxima semana.

Numa tarde de segunda-feira de intenso calor, numa zona alta do Carvalhal Benfeito, encontramos quatro jovens estudantes e dois arqueólogos a limpar a zona em volta de uma grande laje, que poderá ser uma antiga anta. Trata-se do primeiro dia de estágios da Ciência Viva no projecto da Carta Arqueológica das Caldas, que estão a decorrer até ao final da próxima semana.
De ferramentas na mão, as jovens, guiadas pelos arqueólogos Ricardo Lopes e Alexandra Figueiredo (do Instituto Politécnico de Tomar), vão retirando alguma vegetação que cresceu em volta da laje e que não permite o seu estudo. Aproveitam ainda para procurar vestígios de cerâmica antiga.
A caldense Jéssica Mata, que estuda na Raul Proença, queria seguir Arqueologia, mas acabou por escolher História. “Ainda assim, sempre quis ter uma experiência no terreno, então achei este estágio bastante interessante”, contou.
Já a também caldense Mariana Rafael disse que se inscreveu porque é “uma forma de aprender o que é arqueologia e porque permite aprender mais sobre a História”. A meio da tarde, a jovem afirmou estar “a gostar muito de prospectar”.
Letícia Santos tem 16 anos e estuda na Rafael Bordalo Pinheiro. Decidiu inscrever-se neste estágio porque gosta de História “e porque nunca tinha feito nada do género”.
Da mesma escola veio a obidense Andreia Santos, de 18 anos, que quer tirar um curso de Arqueologia na universidade. “Está a ser muito interessante!”, exclamou.
Durante a manhã, as jovens ouviram uma explicação sobre o projecto e os cuidados a ter nos sítios, depois seguem na carrinha da União de Freguesias em direcção aos achados.
Alexandra Figueiredo esclareceu que este projecto tem um duplo objectivo: por um lado educar os jovens para o património e, por outro, mostrar o que é, na prática, a Arqueologia.
As limpezas de alguns locais foram acordadas com os proprietários e alguns até agradecem, levando por exemplo fruta e ferramentas. “A comunidade tem sido bastante generosa”, salientou a arqueóloga.

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