Muitas vezes e em diversas situações ouvimos dizer que: “Ninguém é insubstituível”
Se pensarmos bem na frase percebemos que ela é inverídica, sob diversos fatores. Se fizermos uma retrospeção encontramos pessoas que foram brilhantes nas mais variadas áreas, que se destacaram por inúmeros motivos e nas mais variadas formas, por exemplo Fernando Pessoa, Beethoven, entre outros.
Ao olharmos para a área dos Recursos Humanos, constatamos que de facto é possível recrutar novos colaboradores para ocupar as posições que ficaram vagas pelos mais diversos motivos. Contudo nenhum dos novos colaboradores será como os colaboradores que saíram. Cada pessoa é única nas suas virtudes, defeitos, experiências, e vivências.
Uma vaga pode ser reocupada por outra pessoa, com competências/qualificações mais adequadas para a função que o anterior colaborador. Contudo não substitui a pessoa. Não há colaborador que consiga substituir o conhecimento resultante das diversas experiências e relações interpessoais. O novo colaborador irá, provavelmente, ter uma performance melhor numas áreas e pior noutras, contudo, o seu desempenho será diferente, porque cada ser humano possui um conjunto das qualidades que o definem, e talentos únicos.
É certo que cada vez mais, a gestão de ativos humanos valoriza a individualidade criativa de cada colaborador e possui ferramentas para conseguir tirar o melhor partido da mesma, em detrimento da estandardização da função, daí nos dias de hoje falar-se tanto de atrair e reter talentos.
Várias organizações já se aperceberam que a melhor, e atrevo-me a dizer que a única forma de sobreviver nos nossos dias, onde existe elevada competitividade e mudança permanente, é aproveitarem ao máximo a energia, experiência, conhecimento, vivências e criatividade das suas pessoas. Por este motivo quando alguém talentoso abandona uma organização, existe inevitavelmente uma perda que não pode ser substituída. E se esse alguém possui talentos raros e absolutamente decisivos para a organização, então essa perda pode ter elevados riscos para as organizações, e as mesmas devem ter isso em consideração, deverá fazer-se uma mudança de paradigma, porque mesmo que se reocupe a vaga, a pessoa não será substituída.
Cabe a cada gestor fazer a “radiografia” dos seus colaboradores, conhecê-los, pensar nos talentos, olhar atentamente para os mesmos e potenciar o melhor de cada um em prol do sucesso do seu projeto!
Andreia Mendes
HR Consultant
andreiamendes@humangext.com