Respeitar o compromisso com os leitores

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Joaquim Paulo

Por mais paradoxal que, à primeira vista, possa parecer, o velho ditado que diz que “ler jornais é saber mais” nunca se adequou de forma tão perfeita como a este tempo que vivemos, em que a informação, proveniente de múltiplos canais, prolifera a uma velocidade avassaladora.
Já nem podemos falar de notícias de última hora, porque o que neste momento é novidade, daí a uns minutos passou a ser mais um facto que cai no esquecimento coletivo.
Se, no passado, a opinião pública se podia confundir com a opinião publicada, hoje em dia parece que a opinião pública é o reflexo das redes sociais, onde pululam especialistas de tudo e mais alguma coisa. Há quem pareça saber mais do que os médicos, os economistas ou os governantes. E quanto a treinadores de bancada nem é bom falar…
O acesso à informação é um direito, mas também um dever de cidadania e, infelizmente, muitos demitem-se hoje da responsabilidade de basearem as opiniões em informação fidedigna e trabalhada por profissionais, cujo dever é distinguir o essencial do acessório. Há, aliás, quem se considere informado apenas porque recebe uns alertas no telemóvel e vê títulos de notícias, sem se dar ao trabalho de, sequer, ler essas notícias.
Conscientes dos tempos difíceis que enfrentam, e sabendo que cometerão erros (tal como em todas as áreas), os profissionais que asseguram a publicação da Gazeta vão prosseguir o seu caminho, procurando separar o trigo do joio e, sobretudo, respeitando o aspeto essencial da atividade jornalístico: o compromisso com os leitores.

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