Abstenção dos eleitos do PSD e CDS e voto de deputada independente viabilizaram último orçamento do mandato
A Assembleia Municipal do Bombarral aprovou, por maioria, o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2025, o último do mandato do executivo socialista liderado por Ricardo Fernandes. Contou apenas com os votos favoráveis da bancada do PS, que é minoritária, ao contrário da câmara, e ainda da deputada independente Rute Oliveira. O único eleito da CDU votou contra e o PSD e CDS optaram pela abstenção, permitindo assim a viabilização do documento.
Com um valor de 16,5 milhões de euros, superior em meio milhão em relação a 2024, é esperada uma receita corrente de 13,4 milhões, enquanto que receita de capital deve descer para 1,3 milhões. Quanto á despesa, deverá subir 800 mil euros em relação ao anterior, atingindo os 12 milhões, em consequência do aumento do custo com o pessoal e aquisições de bens e serviços.
Quanto aos novos investimentos projetados, destacam-se a concretização da nova ala de museografia no Palácio Gorjão, que deve abrir ao público em 2025 após as obras de restauro e remodelação, a par do lançamento da construção dos novos armazéns municipais, há muito esperados. Salienta-se ainda, na Columbeira, a recuperação da azenha, do castro e nas grutas, com cerca de meio milhão de euros.
A bancada do PSD foi a única voz da oposição que se fez ouvir, criticando o recurso a financiamento próprio para as obras previstas em plano, ao passo que da bancada socialista veio a natural defesa do documento, que destacou que o investimento municipal, no final deste mandato, superará o de todos os anteriores executivos camarários.
Ricardo Fernandes recordou na sessão que estão reservados seis milhões de euros, no âmbito do novo quadro comunitário de apoio (Investimentos Territoriais Integrados), e prometeu que “vão ser aplicados até ao último cêntimo”, à medida que abram as candidaturas. ■