Nas candidaturas que o governo vai apresentar a fundos comunitários para a área da Saúde, cabem cerca de 7 milhões de euros às Caldas da Rainha. Estão previstos financiamentos para obras no Hospital, no Centro de Saúde das Caldas e para uma nova USF em Santo Onofre.
Uma verba que não inclui eventuais financiamentos para o termalismo, uma vez que esse processo será conduzido pela Câmara das Caldas depois do Ministério da Saúde ter assumido a sua falta de interesse neste processo.
Uma Unidade de Saúde Familiar na freguesia de Santo Onofre, a remodelação do edifício do Centro de Saúde das Caldas e a remodelação do Serviço de Urgências do hospital caldense são as três principais obras para as quais serão apresentadas candidaturas aos fundos comunitários neste concelho, no âmbito do Portugal 2020.
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, convocou uma conferência de imprensa para dar conta do mapeamento aprovado pelo Governo para a área da Saúde, no âmbito do novo quadro comunitário, os quais totalizam 6,7 milhões de euros para o concelho das Caldas.
“É aquilo que a administração central define como prioritário e vai candidatar a fundos comunitários para executar as obras”, explicou o autarca.
Para a requalificação do Centro de Saúde das Caldas está prevista uma verba de um milhão de euros e para a nova USF de Santo Onofre serão 930 mil euros. Nestes dois casos, por se tratar de cuidados de saúde primários, a autarquia poderá estar disponível para avançar com a comparticipação nacional necessária. A comparticipação comunitária dos projectos deverá ser entre os 70 e 85%.
Em relação ao hospital das Caldas, estão previstas obras no valor total de 4,9 milhões de euros, distribuídas pelas remodelações do Serviço de Urgências (1,5 milhões), piso cirúrgico (um milhão), Serviço da Consulta Externa (900 mil euros) e Unidade Cirúrgica de Ambulatório (800 mil euros), entre outras de menor valor.
Tinta Ferreira manifestou-se muito satisfeito por estarem previstos estes investimentos para o concelho, numa área tão importante para a população, e acredita que estas obras irão avançar “nos próximos dois, três anos”, tendo em conta todo o processo (da elaboração dos projectos à sua concretização). Uma das intervenções que deverá avançar mais rapidamente será a do Serviço de Urgência do Hospital das Caldas, devido à sua urgência e porque já está a ser finalizado um projecto para essa intervenção.
Termal sem projecto e sem dinheiro
Em paralelo, a Câmara das Caldas continua a estudar a melhor forma de se candidatar a fundos comunitários para os investimentos necessários no Hospital Termal e no seu património (Parque, Mata e Pavilhões do Parque).
“Como o património hospitalar está num processo de transferência para o município e o Ministério da Saúde não considera os tratamentos termais como fazendo parte do seu contexto de funcionamento, terá de ser o município a encontrar as fontes de financiamento”, explicou Tinta Ferreira, adiantando que os fundos comunitários terão de vir no âmbito da Reabilitação Urbana ou do Provere (Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos).
Segundo o edil caldense, está a ser elaborado o caderno de encargos para a obra de requalificação das canalizações do Hospital e, entretanto, “vai ser preparado o concurso para o projecto do Hospital Termal”. Na sua opinião, “só é possível fazer investimentos naquilo que é seu” e por isso está à espera que a concessão deste património seja aprovada em breve no Conselho de Ministros.