Amanhã, 15 de Dezembro, a partir das 14h30, a JSD Distrital de Leiria irá definir o seu futuro num Conselho Distrital extraordinário para apresentar, discutir e votar a moção de censura que foi apresentada porque não concordam com a forma como está a ser dirigida aquela estrutura. Em causa está a continuidade da actual direcção ou uma mudança na liderança dos destinos da jota laranja do distrito de Leiria. Líder da JSD das Caldas diz que ainda é prematuro pensar no pós-conselho.
Rodrigo Amaro, presidente da JSD das Caldas, é um dos maiores críticos da gestão actual da JSD distrital de Leiria. Gazeta das Caldas questionou quais as expectativas do caldense para o conselho de amanhã. “Espero que os militantes votem em consciência, não sei qual será o desfecho”, começou por referir.
Quando confrontado com a hipótese de se candidatar ao cargo, caso a maioria queira uma mudança na liderança da distrital, Rodrigo Amaro respondeu que “é muito cedo para falar nisso e mesmo entre nós nunca existiu essa conversa, nem faz sentido porque existe um órgão em funções, é muito prematuro”.
No caso de a maioria querer a continuidade da actual direcção, a jota caldense irá respeitar a decisão e continuar a fazer o seu trabalho concelhio, mas admite que não existem condições para uma relação de entendimento com a actual direcção da distrital.
O afastamento da concelhia caldense com a distrital já vem de Junho deste ano, altura em que Gazeta das Caldas noticiou a ruptura da jota caldense em relação à distrital. Em Outubro mais concelhias uniram-se a essa tomada de posição, acusando a actual direcção de conduzir a distrital ao momento mais negro da sua história.
Já em Novembro chegou às redacções um comunicado dos militantes da facção contra Pedro Brilhante e a actual direcção, em que se informava que cerca de 40 conselheiros distritais da JSD de Leiria subscreviam a convocatória.
“Perante a inoperância e conivência da mesa e, em particular, da sua presidente, os conselheiros distritais tomam a iniciativa drástica de convocar o Conselho Distrital, hipótese também prevista estatutariamente, visando mudar o rumo que a JSD Distrital de Leiria tem seguido nos últimos meses”. Assim termina documento cuja primeira signatária é Nicolle Lourenço, de Pombal, e sabe a Gazeta das Caldas que 16 dos signatários são das Caldas da Rainha.
O Conselho foi marcado para a sede do PSD de Leiria, na Rua Dr. José Jardim, n.º 32, para o dia 15 de Dezembro. As urnas estarão abertas entre as 15h00 e as 17h00.
No comunicado esclarece-se que a aprovação carece de maioria simples num órgão composto por 80 conselheiros eleitos mais os presidentes de concelhia em funções.
“Postura ameaçadora e chantagista”
Os signatários referem que a Comissão Política Distrital tem desvalorizado as opiniões dos membros demissionários, “bem como o trabalho das concelhias às quais pertencem e acusando-as de ilegitimidade para a tomada de posição”.
Os críticos da actual gestão acusam Pedro Brilhante de ter uma “postura ameaçadora, chantagista e de ataque a todos os que discordam das suas posições” e afirmam que este integrou a Comissão Política Permanente da JSD nacional no mandato anterior “e foi assalariado pelo trabalho na sede nacional da estrutura”.
Apontam ainda que “numa das várias ingerências de Pedro Brilhante nas concelhias” este promoveu várias demissões que visavam a queda da concelhia de Pombal.