
O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?
Diria que um bom resultado seria o reconhecimento, por parte do eleitorado, do compromisso deste partido para com o Distrito, que escolheu, pela primeira vez, um autarca como cabeça de lista. Há uma clara preocupação por parte do PS em aproximar a população do Governo central e o convite que me foi feito tem esse fundamento.
Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?
Enquanto presidente da CIMRL pude constatar várias assimetrias entre os concelhos situados na zona mais interior do Distrito face aos concelhos do litoral. No entanto, é comum o espírito empreendedor e o orgulho em pertencer a um Distrito com uma beleza natural ímpar e com tanto para oferecer em qualidade de vida, oferta de emprego e a nível turístico. Diria que a capacidade empreendedora e a apetência pela inovação constituem um potencial enorme e único, que podem e devem ser apoiados e estimulados.
E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?
O passado da cerâmica, inspirado nas criações de Bordalo Pinheiro, ganha hoje um novo sentido e potencia a ligação às artes e à cultura, onde a ESAD.CR, do Politécnico de Leiria, assume uma posição de destaque. O turismo e a agricultura são atividades estruturantes. Porém, há necessidade de infraestruturas, melhoria de cuidados de saúde e da rede de transportes. Já foi criado o grupo de trabalho entre a ARSLVT, a OesteCim e o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) para a criação do novo hospital, mas importa garantir a manutenção das infraestruturas e serviços existentes. É inevitável referir a necessidade de modernização da linha do Oeste, que deverá ser concretizada o mais rapidamente possível para potenciar a economia e o turismo.
Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?
A estabilidade governativa é sempre desejável. Porque potencia a confiança e esta é essencial para o crescimento e o desenvolvimento económico. Mas ninguém vota pela maioria absoluta ou contra a maioria absoluta. As pessoas votam no partido que lhes dá confiança no futuro. Que lhes garante uma governação tranquila, justa e competente. Os eleitores vão avaliar os bons resultados que o País alcançou sob a governação do PS e decidirão se querem que o PS continue a Governar. Isso é o mais importante, não é a maioria absoluta por si só, enquanto valor ou objetivo.
Concorda com os círculos uninominais? Porquê?
Essa é uma discussão que não está em cima da mesa neste momento. Gostaria de notar, no entanto, que o racional dos círculos uninominais é a proximidade entre eleitores e eleitos. Ora, essa proximidade é uma das minhas preocupações e um dos meus objetivos. E do PS também, não nos esqueçamos que fui escolhido para cabeça de lista por ser um autarca e um conhecedor da realidade do distrito dos problemas e anseios dos eleitores, ou seja, por ser próximo dos eleitores.

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?
O Parlamento tem um partido socialista, dois comunistas, um social-democrata e até tem um partido dos animais. Mas não tem um Partido dos Cidadãos! É esse o resultado bom para o Nós, Cidadãos! Eleger Deputados do Partido dos Cidadãos! É fundamental para o Estado ser de Direito Democrático que o Parlamento tenha um Partido de Cidadãos, sem Deputados Me Too. O Parlamento precisa de Deputados com coragem e competência suficientes para questionar o Governo pela habitual impotência sistémica em pedir contas aos corruptos e incompetentes. O Parlamento só vai mudar com pessoas novas na política que tenham o Espírito da Democracia no seu ADN. Se eu for eleito, nunca me vou abster!
Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?
Considerando o Distrito de Leiria nos seus 16 Concelhos, uma vez que se trata de Eleições Legislativas e não de Autárquicas, o problema que considero mais preocupante é o rendimento médio per capita do Distrito ser inferior à média nacional, o que habitualmente é consequência de governação socialista, mais orientada para a sua clientela partidária do que para com os Cidadãos. Relativamente ao potencial existente e ignorado por um Governo concentrado nos interesses do Estado, verifica-se uma ausência de Planeamento Estratégico que aproveite o potencial ambiental, económico e social do Distrito de Leiria, potencial esse, aproveitado por Nós, Cidadãos! no sentido do Pinhal de Leiria ser classificado Património Cultural e assim lançar o AID 4 GREEN. Um novo conceito de Gestão Florestal Nacional. Na vertente económico-social temos o PODERS para o Estádio de Leiria, em parceria com a APAR e Frente Cívica, que pode desonerar o custo do empréstimo e funcionar como o Polo Nacional da Formação/Reabilitação, integrado na Lei do Empreendedor que apresentarei no Parlamento.
Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?
Portugal está no fim de uma maioria absoluta parlamentar, composta pelo PS+BE+CDU apoiando o Governo Socialista que deixa no currículo mais de 115 mortos em incêndios, dos quais 66 no Distrito de Leiria. Deixa o assalto em Tancos sem ninguém acusado e preso. Deixa mais desigualdade entre o sector público e privado. Deixa filas enormes nos serviços públicos. Deixa o País mais corrupto e menos transparente na UE. Deixa a maior carga fiscal de sempre. E, deixa Portugal quase no último lugar da Europa na riqueza por habitante. Obviamente que Nós, Cidadãos! não queremos mais do mesmo!
Concorda com os círculos uninominais? Porquê?
O que precisamos é uma profunda reforma no Sistema Eleitoral que permita manter a Democracia, começando pelo problema da sustentabilidade dos órgãos de comunicação social – alguns à beira da falência – propondo a dedução majorada no IRS do valor das assinaturas para jornais regionais e nacionais e um Fee Eleitoral de 30 dias para publicação de todas as candidaturas, passando pela reestruturação dos Círculos Eleitorais, até à implementação do Círculo Único Nacional em Legislativas, permitindo o acesso dos novos partidos ao Parlamento e o Voto via Internet, por NIF, na Plataforma da AT, para combater a abstenção!

Rui Prudêncio, PAN
O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?
Duplicar a votação do PAN em relação à eleição de 2015
Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?
O maior potencial é a proximidade a Lisboa que constitui um dos fatores de desenvolvimento económico do distrito, potencial que pode ser desenvolvido com a requalificação da linha ferroviária do Oeste de forma a colocar Leiria / Marinha Grande até a uma hora de viagem de Lisboa. A formação técnica do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) vocacionada às necessidades profissionais do tecido empresarial da região é outra das potencialidades do distrito. O facto de muitos dos licenciados do IPL encontrarem trabalho nas empresas da região, desenvolvendo-as assim, é um grande valor social e económico. Um dos maiores problemas é a contaminação das águas (um bem precioso cada vez mais escasso) e dos solos resultantes da suinicultura intensiva, que, incompreensivelmente, continua a poluir impunemente pois as autoridades em matéria de fiscalização ambiental (GNR, APA, CCDR Centro) são totalmente inoperantes por falta de vontade política. É tempo de fazer funcionar o princípio do poluidor-pagador! Outros problemas são a monocultura do eucalipto e excesso de pedreiras que diminuem o valor paisagístico e ecológico do território. Finalmente, a prospecção de gás natural coloca o distrito de Leiria no lado oposto ao combate às alterações climáticas.
E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?
Caldas tem um grande potencial agrícola e turístico e empresarial. A agricultura na região é diversificada e não extensiva e pode evoluir cada vez mais para um modo de produção biológico, com grandes ganhos de mais valia para o produto. Do lado do turismo o eixo Óbidos-Caldas tem potencial cultural e paisagístico para se tornar um pólo de atração turística nas proximidades de Lisboa em complemento a outros existentes como Sintra, que parece estar a atingir a capacidade máxima de carga turística. Consideramos existir também potencial para a fixação de pequenas e médias empresas. Porém, todo este potencial pode nunca se desenvolver em pleno se Caldas não for servida por uma eficaz linha de comboio, o transporte do futuro. E o seu maior problema é precisamente a falta de uma ligação ferroviária rápida a Lisboa e Coimbra. Só assim, através de uma deslocação rápida de pessoas e bens Caldas pode desenvolver o seu potencial agrícola, turístico e empresarial. Um outro problema é a necessidade de um novo Hospital que possa servir a região Oeste com a qualidade que os Caldenses merecem.
Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?
Uma maioria absoluta, seja de quem for, nunca é desejável pois limita o melhor que a democracia pode oferecer à política: o diálogo e a negociação na procura de compromissos e soluções que melhor sirvam o país. Caso contrário é o “posso, quero e mando” de um só partido.
Concorda com os círculos uninominais? Porquê?
Não. Os círculos uninominais não espelham a diversidade política da sociedade, não dão voz às minorias do eleitorado que devem estar representadas no Parlamento. Os círculos uninominais só serviriam para reforçar a hegemonia do PS e do PSD, logo é fácil perceber como seria prejudicial à nossa democracia.

Joana Ferraz, Aliança
O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?
A Aliança é um novo partido com sabidas dificuldades em conseguir dos órgãos de comunicação social um tratamento democraticamente equitativo face ao tempo de antena que é dado habitués. Como as regras do jogo não são justas, para chegarmos às pessoas fazemos muitos quilómetros em busca do contacto direto. Neste sentido podemos afirmar que os portugueses estão cansados de mais do mesmo e pedem uma verdadeira alternativa. Assim, em Leiria um bom resultado será eleger.
Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?
Leiria é toda uma região com um enorme potencial social, profissional e empresarial. Há muitos anos que os Leirienses afirmam: “podíamos ser uma grande região, mas.” O maior problema do distrito são os deputados aqui eleitos que ao longo de várias legislaturas pouco ou nada fizeram para que este potencial saia do papel. Linha do Oeste, BA5, Mobilidade e Coesão Territorial, são temas antigos convenientemente reutilizados pelos velhos partidos em campanha eleitoral. Leiria perdeu já demasiado tempo.
E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?
O acesso à saúde no distrito não é igual para todos. As Caldas vive um conhecido problema com uma (má) dinâmica nos serviços prestados repartidos entre diversos centros hospitalares sem que a capacidade de resposta seja adequadas. É uma questão que tarda em ser resolvida com consequências graves para a população. Os serviços de saúde nesta região são um excelente exemplo do caos que foi a marca d’água deste Governo. Caldas tem um potencial enorme como destino turístico especializado em terapêuticas termais. Apesar de uma longa tradição e excelência das suas águas, Portugal ocupa os últimos lugares no ranking da procura mundial. Há que inverter esta tendência. No país, como no resto do mundo, deve ambicionar estar nos roteiros mais sofisticados no turismo de saúde e bem estar com benefícios diretos na economia da região
Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?
Não. Defendemos que é necessário uma maior alternativa e uma melhor oposição. Por princípio, as maiorias absolutas serão sempre fortemente indesejáveis pelo “autismo” governativo associado. Por referência, as últimas maiorias absolutas em Portugal não são de boa memória. A estabilidade de uma legislatura que seja conseguida através de uma coligação de forças será uma melhor solução mas comporta também o risco de enfraquecer o combate político dependendo do nível de cooperação entre os partidos visando o bem comum e não o próprio interesse partidário.
Concorda com os círculos uninominais? Porquê?
Convictamente. A abstenção é a prova de que as pessoas estão cansadas da política e dos políticos. Quem são os 10 deputados eleitos por Leiria nas últimas legislativas? E nas anteriores? A sociedade é sugestionada pelo comportamento dos que exercem o poder. Pede-se aos cidadãos que vão votar mas não se respeita a confiança que com cada voto é dada aos deputados eleitos. Várias provas de uma discricionária instrumentalização do poder têm sido dadas nos últimos anos e algumas muito nos envergonham. É urgente uma reforma do sistema eleitoral com a adopção de círculos uninominais bem como a limitação de mandatos para deputados e vereadores. Se a abstenção é o maior rosto da política então a política tem o rosto do completo desinteresse. Há que ter a coragem de fazer a leitura ao silêncio dos portugueses porque grita descontentamento e exige mudanças.

Margarida Balseiro Lopes, PSD
O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?
Para o PSD um bom resultado no distrito de Leiria é vencer as eleições. O distrito de Leiria é um dos mais pujantes e desenvolvidos distritos do país e isso está naturalmente associado à sua matriz social democrata, pelo que acreditamos que mais uma vez as pessoas do distrito darão um voto de confiança ao PSD.
Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?
O país olha para o distrito de Leiria como um exemplo daquilo que é a capacidade de empreender e de criar riqueza, características das pessoas do distrito de Leiria. Portanto o maior potencial do distrito são sobretudo as pessoas que não ficam à espera do Estado para avançar. Há vários problemas como o estado precário do IC2 ou a degradação da linha do Oeste ao nível das acessibilidades. Mas, ao dia de hoje, penso que o maior e mais grave problema do distrito e que afeta o dia-a-dia das pessoas é o estado caótico da Saúde. O impacto da redução para as 35 horas foi o correspondente a menos 80 profissionais de Saúde no Centro Hospitalar do Oeste. Não é aceitável que um caldense que precise de uma consulta de neurologia tenha de esperar 684 dias.
E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?
O Hospital Termal é um ativo que alavanca um concelho envolto de tradições, artes e cultura, abraçado pelo mar e abençoado por uma agricultura e paisagem rural. A saúde configura o maior problema: os cuidados de saúde no Hospital das Caldas da Rainha estão reféns de investimentos que tardam em acontecer. Só quem frequenta o Hospital percebe as dificuldades que os excelentes profissionais de saúde têm para fazer o seu trabalho.
Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?
Os portugueses são soberanos. É a eles que cabe decidir como será a composição do Parlamento nos próximos 4 anos. Naturalmente que há vantagens relativas numa e noutra situação, uma maioria absoluta traz estabilidade à governação, mas também pode traduzir-se em falta de diálogo e de equilíbrios entre os vários partidos representados no Parlamento. Recordando o passado é difícil não comparar a prosperidade e desenvolvimento que as maiorias absolutas do Prof. Cavaco Silva trouxeram ao país, com a prepotência e a governação irresponsável com que a maioria absoluta de Sócrates marcou o país.
Concorda com os círculos uninominais? Porquê?
O PSD no programa eleitoral que apresenta aos portugueses defende “Alterar a forma de eleição de deputados pela reconfiguração dos círculos eleitorais”. Eu, pessoalmente, concordo com os círculos uninominais, desde que combinados com um círculo nacional de compensação. Mas vou mais longe, defendendo o voto preferencial que permitirá libertar o eleitor das listas fechadas dos partidos e dar-lhe a possibilidade de escolher qualquer candidato de uma lista, mesmo que este vá ordenado em último lugar.

Luís Marques, MAS
O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?
O MAS é a esquerda insubmissa, um partido cujo objectivo ultrapassa a aritmética eleitoral. Para nós um bom resultado eleitoral é melhorar a votação que tivemos nas últimas eleições europeias. Queremos construir uma verdadeira alternativa Socialista e isso passa por construir um partido mais forte dentro e fora do parlamento.
Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?
Dada a sua localização, dimensão e diversidade, Leiria tem um polo industrial e um potencial turístico muito forte. Os maiores obstáculos ao desenvolvimento de Leiria, têm sido a corrupção e o laxismo. A reorganização florestal e agrícola no distrito é urgente. Queremos fazer de Leiria um distrito de vanguarda no plano social de reconversão energética que potencie o emprego e o turismo na região. Por isso, somos frontalmente contra os contratos de prospecção e exploração de Petróleo e Gás natural nos concelhos de Pombal e Alcobaça.
E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?
A cidade onde nasci teve sempre do seu lado a História, o património cerâmico e termal e a sua localização, foi conhecida por ser um polo agregador da região oeste mas defronta-se hoje com graves ameaças. O desinvestimento geral nos serviços públicos tem levado à perda de valências e de qualidade do seu Centro Hospitalar, à transformação da linha do oeste numa linha fantasma e à morte lenta da lagoa de Óbidos. Caldas da Rainha tem de reduzir as fortes assimetrias sociais internas que possui e isso passa pelo investimento nos serviços públicos, ensino e nos transportes. No seu programa, o MAS propõe, a par deste investimento publico, um aumento do salário mínimo para 900 euros com 35 horas semanais de trabalho para o público e privado. Queremos o fim da participação do estado na recapitalização dos bancos. Faremos política para as pessoas e não para os grupos económicos. Também nas Caldas trabalharemos pelo desassoreamento da lagoa de Óbidos, integrado no plano de reorganização ambiental acima descrito, que passa também, pela reabilitação da linha do Oeste.
Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?
Os governos de Cavaco e Sócrates quase respondem por si mesmos a essa pergunta. A maioria absoluta é mãe de todos os vícios e cria governos absolutos que não sentem necessidade de justificarem a sua política. Uma maioria absoluta de políticas assentes no défice 0 e a consequente destruição dos serviços públicos é catastrófica para quem vive do seu trabalho. A “geringonça”, apesar de ter estancado esse empobrecimento, não o reverteu e sobretudo foi cúmplice da aprovação de um código de trabalho que acentua a precarização laboral e do maior ataque aos direitos laborais desde o 25 de Abril na mais recentes greves do país. Desafiamos o BE e o PCP assumirem a construção de uma alternativa de governo livre do garrote neoliberal do PS. O MAS luta por um governo claramente há esquerda na defesa da vida de quem trabalha, que defenda serviços públicos e os direitos laborais. Estaremos ao lado de quem se bata por essa opção.
Concorda com os círculos uninominais? Porquê?
Aproximar as pessoas da política não se faz com círculos uninominais, faz-se com verdade, compromisso e politicas alternativas claras. Estes ciclos não garantem proporcionalidade nem representatividade. Por isso somos contra.

Ricardo Vicente, BE
O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?
Nas últimas eleições legislativas provou-se que é a força do voto que determina quem forma Governo e qual o rumo que o país seguirá. Os votos no Bloco foram essenciais para impedir a continuidade de um Governo de direita, mas também para impedir medidas desastrosas que constavam do programa do PS: congelamento das pensões e o corte na contribuição dos patrões para a segurança social. Fizemos alguns progressos em política de distribuição de rendimentos, mas não tivemos força suficiente para mudar a legislação laboral e combater seriamente a precariedade no sector privado. Um bom resultado nas próximas eleições é o reforço da votação no Bloco, como afirmação do nosso programa político para responder às necessidades do distrito e do país.
Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?
O maior potencial do distrito está nos seus recursos naturais, que podem sustentar diversas atividades económicas. Uma extensa faixa costeira, que disponibiliza oportunidades em torno da economia do mar, um clima ameno, solos férteis e disponibilidades hídricas para garantir bons níveis de produção agroflorestal. Estes recursos primários são suporte para o desenvolvimento industrial. O maior problema é a fraca qualificação da economia, com reduzida possibilidade de progressão em carreiras profissionais e elevados danos ambientais. Por isso o Bloco defende a criação de leques salariais de referência, a subida do salário mínimo, um forte combate à precariedade e a promoção da formação profissional. Mas também um forte investimento público na descarbonização da economia, com a eletrificação de toda a linha do oeste e a transição ecológica agroflorestal, como forma de reduzir a poluição e prevenir os incêndios rurais.
E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?
As Caldas da Rainha partilham das dificuldades do distrito, mas tem nos serviços de saúde grandes potencialidades e dificuldades. Com uma longa história no termalismo, é urgente reabilitar e promover o hospital termal. O Centro Hospitalar do Oeste tem as suas estruturas e serviços muito debilitados, necessitando de novas instalações. Só o investimento público pode devolver serviços de saúde de qualidade ao concelho e essa é uma prioridade para o Bloco.
Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?
Para a esmagadora maioria das pessoas não há vantagens nenhumas numa maioria absoluta. Na legislatura passada ficou demonstrado que a democracia ganha com a necessidade de negociação entre as forças partidárias, promovendo a transparência na análise e na decisão política. Uma maioria absoluta deixaria o partido vencedor e o seu Governo com a faca e o queijo na mão e mais suscetível a pressões externas. O voto no Bloco é essencial para evitar a maioria absoluta do PS, mas é também a afirmação de quem quer uma economia mais qualificada, que valoriza o trabalho e as pensões e defende os recursos ambientais.
Concorda com os círculos uninominais? Porquê?
Não concordamos com os círculos uninominais, porque promovem os partidos com maior expressão eleitoral e diminuem os partidos mais pequenos. É por isso uma forma de diminuir a democracia e a transparência. Nas eleições votam-se programas políticos coletivos, não se votam personalidades.