O presidente da Câmara das Caldas não admite a possibilidade de sair do cargo antes de terminar o mandato, em 2013.
“Espero que isso não aconteça. Era sinal de que vocês iriam ter a tristeza de me acompanhar ao cemitério”, afirmou Fernando Costa numa conferência de imprensa que teve lugar na sede do PSD na passada terça-feira, onde fez um balanço do primeiro ano deste mandato.
Questionado pela Gazeta das Caldas sobre a possibilidade de se afastar antes das próximas eleições autárquicas, para dar lugar a outro vereador, Fernando Costa garantiu que só o faria se fosse forçado a isso por circunstâncias anómalas.
A 6 de Novembro o PSD das Caldas vai ter eleições para a comissão política e Fernando Costa vai recandidatar-se ao cargo de presidente.
Hugo Oliveira e Tinta Ferreira voltam a ser os escolhidos para vice-presidentes e Maria da Conceição Pereira também continuará como tesoureira.
Fernando Costa fez questão de referir que antes da escolha do próximo candidato do PSD à Câmara das Caldas haverá novas eleições para a Comissão Política. “Espero que a futura comissão concelhia venha a promover um processo de escolha do candidato e da sua equipa em que todos os militantes participem”, pediu, na esperança de ter uma “sucessão tranquila”
O actual presidente de Câmara, que está impedido por lei de voltar a candidatar-se ao cargo, pediu também que a futura equipa do PSD incluía também os que venham a ter menos votos nesse processo de escolha.
A concelhia caldense é uma das secções do país com mais militantes no PSD nacional. São quase 1400 militantes, dos quais 1200 têm quotas pagas e podem votar.
Para fazer um balanço do primeiro ano de mandato, Fernando Costa pediu aos três vereadores do PSD que elencassem as principais obras e acções dos seus pelouros. Isto porque entende que, apesar das dificuldades financeiras o ano foi muito positivo.
Apesar disso, sublinhou que a Câmara das Caldas é uma das autarquias com país “com maior investimento em capital, superior às despesas correntes”.
Embora admita que a situação financeira da autarquia seja difícil, o edil caldense salientou que o endividamento está 40% abaixo do que a lei permite. “O município tem apenas seis milhões de euros em dívidas a longo prazo” e desde o final do ano passado a dívida total foi reduzida de 14 milhões para 10 milhões.
Segundo Fernando Costa, quando o município receber os quatro milhões de euros dos fundos comunitários, relativos à construção dos centros escolares e outras obras comparticipadas, “ficamos com as nossas contas em dia”.
O presidente da Câmara informou ainda que houve reduções substanciais na receita oriunda de taxas e impostos municipais. Por exemplo, a receita do Imposto Municipal sobre as Transmissões de Imóveis (IMT) baixou dos seis milhões (em 2007) para menos de dois milhões de euros (2010).
Fernando Costa insiste em não aumentar as taxas do imposto que revertem para o município, por não quer onerar os munícipes “num momento em que existe uma grande sobrecarga sobre os cidadãos”.