A internacionalização das Estações Náuticas

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Vítor Marques, Nuno Fazenda, Isabel Damasceno e António José Correia no encerramento dos trabalhos
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Tema em foco no encontro que se realizou na Foz do Arelho. França, Alemanha e Países Baixos são mercados para manter. Estados Unidos, Espanha, Brasil e mercado escandinavo serão as novas apostas

A internacionalização das Estações Náuticas esteve em foco na última segunda-feira, no Water Fun Portugal by Nautical Portugal, que se realizou na Foz do Arelho. Durante a manhã foram demonstradas as potencialidades da Lagoa de Óbidos, com técnicos e políticos de várias regiões do país a experimentarem a diversidade de atividades que aquele espelho de água possibilita.
Durante a tarde esteve em discussão esta temática da internacionalização. E aí, concluiu-se que os principais mercados (que são três: o francês, o alemão e o dos Países Baixos) serão apostas para manter. Depois, a aposta em novos mercados incidirá sobre os Estados Unidos da América e a Espanha, mas também o Brasil e o mercado escandinavo.
Tal resultou de um inquérito às próprias estações náuticas, mas também àquilo que é a estratégia turística da região.
A internacionalização passará muito pela presença em feiras internacionais, mas também pela manutenção da organização das chamadas fam trips (trazendo operadores turísticos e jornalistas para conhecerem a oferta e melhor a divulgarem).
Por outro lado, continuarão a desenvolver a plataforma nauticalportugal.com, que atualmente agrega mais de 800 empresas, com ofertas diversas. “Queremos aprofundar o portal”, revelou o penichense António José Correia, coordenador da rede de Estações Náuticas.

Na cerimónia de encerramento esteve Isabel Damasceno, presidente da CCDR Centro, que descreveu as estações náuticas como “um produto que nos agrada muito e que serve para atrair turistas nacionais e internacionais”.
A mesma responsável salientou o aumento da rede e a importância do “entusiasmo” de António José Correia no sucesso do projeto. “Do ponto de vista da organização do sistema de acesso a fundos queria realçar a importância muitíssimo maior das comunidades intermunicipais neste programa face ao Portugal 2020”, frisou, acrescentando que as CIM “têm cada vez mais responsabilidades, competências e verbas”.
Já o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, começou por salientar a beleza deste “território que combina a História, o património e a praia”.
Sobre o projeto das estações náuticas destacou a envolvência das empresas e parceiros e a abrangência territorial, mas também as três grandes marcas e desafios: a qualificação do território, a comercialização e internacionalização e ainda a cooperação. É um projeto que “visa tornar o território mais atrativo, através de recursos turísticos, neste caso o elemento chave é a água, e que permite qualificar infraestruturas e envolvente e promover a sustentabilidade”, descreveu.
“Temos ao nosso dispôr o maior pacote de fundos europeus, a que se somam os nacionais, temos o PRR, o Portugal 2030 e os fundos nacionais”, frisou. “Temos uma estratégia muito clara do que queremos desenvolver, agora teremos que ter a capacidade de executar bem”, complementou, deixando esta ideia de que “não há falta de instrumentos para potenciar, desenvolver e projetar a rede de estações náuticas, o desafio é desenvolver bons projetos e trabalhar em rede, respondendo aos desafios da sustentabiliade e coesão territorial”.
Uma rede nacional

Durante a manhã houve atividades na Lagoa da Óbidos
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A Rede de Estações Náuticas tem atualmente 32 estações em todo o país (29 são coordenadas por Câmaras e três por Comunidades Intermunicipais – é o caso do Oeste).
“A tendência de crescimento da rede é no interior da país”, salientou António José Correia.
A criação do projeto das estações náuticas em Portugal partiu do reconhecimento do potencial que o país apresenta na área do turismo náutico e teve como exemplo as experiências de projetos semelhantes noutros países, como França e Espanha.
O portal das estações náuticas foi lançado em julho de 2020, com 24 estações e daí para cá tem vindo a crescer.
A maior parte dos planos de água utilizados nas estações náuticas são de litoral (são, no total, 20, ou seja, mais de metade). Depois há 11 que são de águas interiores e uma mista-litoral/interior. Atualmente está em fase de certificação a Estação Náutica do Sabugal e há manifestação de interesse para a criação de mais 13 em todo o país, sete delas de litoral e seis de interior. ■

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