O Presidente da República eleito em França no passado domingo, François Hollande, consegue fazer quase o pleno dos elogios em Portugal pela sua vitória contra Sarkozy, o amigo da chanceler alemã Merkhel.
Hollande recebeu elogios directos, desde o Presidente da República, Cavaco Silva, aos comentadores mais acirrados no apoio ao actual governo, como Marcelo Rebelo de Sousa, que afirmou na noite de domingo, na TVI, que o “grande beneficiado com a vitória do socialista francês foi o governo português”.
Apenas Passos Coelho não mostrou grande ânimo pela vitória do novo presidente francês, mantendo a sua proximidade com a teoria da chanceler alemã, que vai em breve alinhar pelo diapasão francês para não ficar isolada a falar quase sozinha na União Europeia.
Zé Povinho gostou da vitória de François Hollande, não tanto por estar iludido com o sucesso de algumas das medidas que anunciou, mas principalmente pelo facto de ter reformado Sarkozy, que na ânsia de se manter no poder, não hesitou em defender as teorias da extrema direita de Marine Le Pen, o que afugentou muitos apoiantes centristas e permitiu a vitória do seu opositor.
A monsieur le Président, Zé Povinho endereça-lhe os parabéns e faz votos para que ele consiga simbolizar o início da inversão da política de “austeridade sem crescimento” que tem caracterizado o modelo ultraliberal europeu.
João Bartolomeu e o clube União de Leiria têm sido nos últimos tempos o tema de chacota do futebol português, permitindo acrescentar agora a característica “anão desportivo” ao título do livro “Leiria Gigante Económico Anão Político”, escrito por um político distrital muito conhecido e que também é presidente da Assembleia Geral do clube.
Se há dirigente desportivo que desde que liderou o referido clube nunca mostrou grande qualidade ou visão, é o ex-presidente da SAD do União de Leiria, que ao longo de mais de uma década nem sequer conseguiu conquistar as simpatias dos próprios leirienses, que se mantiveram quase sempre alheados do clube da sua terra, não o caucionando com a sua presença nos jogos.
Mas este dirigente também é conhecido pelas polémicas que manteve com a autarquia da sua cidade, quer quando era liderada pelo PSD, como agora pelo PS, utilizando a chantagem para utilizar o estádio do Euro, mas acabando por preferir o da Marinha Grande (pelas vantagens financeiras que lhe deram) depois de ter ameaçado ir jogar mesmo em Torres Novas.
Tudo valeu para atingir os seus objectivos, não esquecendo que há uns anos até conseguiu reunir numa comissão de apoio ao seu clube algumas das figuras políticas de maior destaque no distrito, que chegaram a dar o seu nome a um projecto que – como se prova hoje – tinha poucos pés para andar.
Os próprios jogadores não o aturaram mais e rescindiram o contrato, obrigando o clube a jogar com um número limitado de atletas, utilizando jovens que antes alinhavam nas equipas dos júniores.
O triste espectáculo que tem dado ao longo dos últimos dias é como o estertor de alguém que sempre tentou encontrar estratagemas para aguentar a equipa da Liga, mas que agora viu falhada a sua estratégia suicida. Nem aqueles que se associaram à SAD lhe mantiveram a confiança.
João Bartolomeu é um mau exemplo desportivo e empresarial do distrito que a sorte deixou de proteger. Zé Povinho não gosta destas figuras.