Alunos “construíram” painel de azulejos no Bombarral

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O artista com as crianças à frente do painel
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“Viajar no Tempo” dá nome ao trabalho de azulejaria dinamizado pelo artista Thomas Schittek que foi inaugurado no Centro Escolar do Bombarral

Azulejos pintados à mão por alunos deram lugar ao enorme painel ‘Viajar no Tempo’, que foi erguido na frontaria do Centro Escolar do Bombarral, num trabalho coordenado pelo artista plástico alemão Thomas Schittek e que viu agora, finalmente, o objetivo traçado há três anos. O momento especial ocorreu no passado dia 20 de maio, quando foi descerrada a cortina do trabalho artístico que se vai perpetuar no tempo, perante uma pequena multidão de crianças, pais, professores e autarcas. As crianças que contribuíram para a construção deste painel multicolor – com 12 metros de largura e cinco de altura – que na altura frequentavam o 2º ano e agora estão no 4º ano de escolaridade, presenciaram o resultado final com uma estridente alegria. Ao longo do tempo os alunos participaram em diversas atividades para conhecer todo o processo que envolve a ‘construção’ de um painel de azulejos, desde o desenho artístico passando pela escolha do material, pintura e cozedura em forno.

Tendo-se fixado em 1996 no concelho, onde vive e trabalha no seu ateliê, Thomas Schittek partilhou a emoção ao poder inaugurar esta obra de arte pública. “Tem algo de histórico e também muito importante, pois permitiu-me trabalhar com mais de 100 crianças”, frisou o artista plástico, que elogiou a sensibilidade dos professores que o desafiaram e o acompanharam na execução do projeto. Primeiro houve que fazer o desenho em papel, em contexto de sala de aulas, para depois replicar em tamanho real. “Este é um trabalho colaborativo em que todos participaram e o nome do projeto [‘Viajar no Tempo] representa o presente, o passado e o futuro”, frisou, destacando ainda que os alunos “aprenderam a trabalhar uns com os outros” com rumo ao objetivo final. Desde cedo que os encarregados de educação foram acompanhando este desafio, tendo o anteprojeto sido apresentado em maio de 2024 numa sessão realizada para o efeito num auditório escolar.

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Visivelmente satisfeito, Emanuel Vilaça, diretor do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, destacou o apoio financeiro da empresa local Cozigosto – Cozinhas e Equipamentos, Lda, por ter sido “um parceiro indispensável” para a concretização deste projeto educativo, a par da autarquia, porque “o agrupamento sozinho não tinha possibilidades”. O professor elogiou também a criatividade e a ligação às emoções, num trabalho de equipa, que este painel permitiu criar na comunidade educativa, porque “ao ficar na frente deste estabelecimento escolar, vai marcá-lo durante muitos anos”.

A Câmara, responsável pela gestão da infraestrutura escolar, fruto da delegação de competências assinado com o Governo, associou-se também a este projeto e, na ocasião, o presidente Ricardo Fernandes destacou o privilégio para os alunos envolvidos, “porque sempre que aqui passarem recordarão [este momento] e poderão dizer ‘eu fiz aquilo que ali está’, esta brutal obra de arte”. Para o edil, “aqui a arte impera” e “este espírito de entreajuda e o trabalho de equipa é de salientar”.

 

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