A proposta, aprovada por unanimidade na Câmara, prevê a criação de 120 parcelas e a integração da empresa já existente e em atividade
Situada na freguesia dos Vidais, com acessibilidade direta à Estrada Nacional 114 e próxima da A15, a Zona Industrial compreende uma área de 39 hectares. De acordo com a proposta de Plano de Pormenor, apresentada e aprovada por unanimidade na sessão de Câmara de segunda-feira pela empresa Focus Group, está prevista a criação de 120 parcelas e a integração da empresa Reciprémio, em atividade naquela localização. Em média, cada um dos lotes tem cerca de 1500 metros quadrados, podendo alguns ser agregados, até um máximo de 10 mil metros quadrados.
A malha de quarteirões proposta integra espaços industriais e outros usos complementares de apoio à atividade, nomeadamente serviços, escritórios e comércio. De acordo com os técnicos que apresentaram a proposta, os quarteirões assumem geometrias variáveis de ocupação e parcela, conforme solicitações do mercado. Propõem ainda que nos núcleos norte e centro (junto à EN114) se localizem as indústrias e armazéns de menor dimensão, em oposição à zona a sul onde, além destas, serão constituídas as parcelas de maior dimensão.
A área inclui uma mancha de REN (Reserva Ecológica Nacional) junto à qual é proposta a localização de áreas de equipamentos coletivos, interligadas através de um arruamento viário, rede ciclável e circuitos pedonais. No total estão previstas duas áreas de equipamentos, com mais de 8 hectares.
Este plano de pormenor tem por objetivos desenvolver o potencial económico da freguesia dos Vidais, promover a fixação de empresas e aumento de emprego, assim como garantir a expansão e melhoria da capacidade produtiva das unidades já instaladas. Os terrenos são privados e o investimento deverá ficar a cargo de promotores privados. “O município não tem condições de fazer a infraestruturação de todo o processo, que ultrapassará os 10 milhões de euros”, explicou o presidente da Câmara, Vítor Marques, fazendo notar que irão procurar apoio, no quadro comunitário e no Plano de Recuperação e Resiliência.
Esta zona industrial foi desenhada no mandato anterior, com várias destas áreas distribuídas pelo concelho. De acordo com o atual autarca, tem a virtude a uniformizar o território com ofertas e distantes do núcleo central do concelho, de revitalizar as freguesias e fixar pessoas no território. No entanto, o novo executivo levanta dúvidas quanto à instalação no local de unidades de maior dimensão. Para dar resposta a essa situação, consta da proposta de alteração do PDM, o crescimento da Zona Industrial das Caldas.
Também o vereador socialista, Luís Patacho, votou favoravelmente a proposta, embora manifestasse que não é o conceito que preconiza. “É uma área encostada a Rio Maior, que vai beneficiar essencialmente esse concelho”, salientou.
A vereadora Maria João Domingos (PSD) realçou a dinamização dos territórios do interior do concelho que esta solução permite e, referindo-se em concreto à proposta, destacou as preocupações tidas com os corredores ecológicos e linhas de água.