O Montepio – Rainha D. Leonor registou um resultado líquido consolidado negativo de 512 mil euros no exercício de 2021, um agravamento na ordem dos 5% relativamente ao ano anterior. Para este resultado contribuiu a decisão do Conselho de Administração, eleito em maio do ano passado, de não vender mais apartamentos do Condomínio Residencial, prática que, em 2020, permitiu um maior equilíbrio das contas.
O relatório e contas da associação mutualista foi aprovado, na semana passada, em assembleia geral, com 34 votos a favor e 3 abstenções, entre as quais a do anterior presidente do Conselho de Administração, João Marques Pereira. Por seu turno, o programa de ação e orçamento para 2022 seria aprovado com cinco votos contra e uma abstenção.
Durante a assembleia, o presidente do Conselho de Administração, Francisco Rita, sublinhou que o projeto do novo Hospital continua a ser estudado e que, “nos tempos que correm, é extraordinariamente difícil antecipar cenários”.
O dirigente frisou a vontade de elaborar “um projeto em condições” que permita à instituição concorrer aos fundos do PRR, desde que haja verbas “a fundo perdido” para as IPSS. “Se isso não for possível, recorreremos a um plano B”, afirmou Francisco Rita, que aproveitou para esclarecer o acordo com o Grupo Luz Saúde.
“Por vezes, misturam-se as coisas. Uma coisa é um protocolo de incidência clínica, com vantagens para os nossos associados, outra coisa é um protocolo para a construção de edifícios”, salientou o responsável, notando que o que está a ser trabalhado é um “protocolo de apoio clínico”, que permitirá, entre outros aspetos, “reencaminhar doentes” do Montepio para a Luz Saúde, para receberem os melhores cuidados. Quanto ao novo hospital, “a seu devido tempo” será proposta uma solução aos associados”.